ANÁLISE DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS POR AGROTÓXICOS DOMÉSTICOS EM PERNAMBUCO
JOÃO PEDRO SOBRAL NETO 1, ALESSANDRA MARIA MONTEIRO E SILVA1, RAFAELLA MIRANDA MACHADO1, BÁRBARA ANGÉLICA BISPO FERNANDES DO NASCIMENTO1, ROMERO MARINHO BATISTA TAVARES FILHO1, ROSEANE DA SILVA LEMOS1, ROSANGELA GOMES BRAYNER ARAÚJO1, FRANCISCO DE ASSIS DA SILVA SANTOS1, ANDREA CARLA REIS ANDRADE1, RAYANE SUELLEN PEREIRA DE ALBUQUERQUE SANTOS1, JANAINA FEITOSA DO NASCIMENTO MONTEIRO1
1. IAM/FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães, 2. SMS JABOATÃO - Secretaria Municipal de Saúde do Jaboatão dos Guararapes, 3. IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, 4. ASCES-UNITA - Centro Universitário Tabosa de Almeida, 5. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
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Nas últimas décadas, com o avanço da urbanização e das mudanças ambientais provocadas pelo homem, tornou-se constante o uso de agrotóxicos no ambiente domiciliar para o controle de insetos e pragas causadores de doenças. Um dos resultados do maior uso de inseticidas e raticidas, por exemplo, é a ocorrência de intoxicações devido seu uso excessivo e/ou sem proteção. Analisar a distribuição espacial, incidência, mortalidade e letalidade das intoxicações por agrotóxicos domésticos em Pernambuco, durante os anos de 2007 e 2016. Estudo epidemiológico, de caráter transversal, descritivo e retrospectivo. Foi realizada consulta aos bancos de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) sobre a ocorrência de intoxicações por agrotóxicos domésticos no estado de Pernambuco. Os dados coletados foram tabulados no software Tabwin 4.14 e as frequências de incidência, mortalidade e letalidade foram calculadas no programa Microsoft Excel. Observou-se que a distribuição espacial dos casos segue, quase que semelhante à distribuição populacional do estado, com exceção da VII Geres, sediada em Salgueiro que, apesar de ser a regional de saúde menos populosa do estado, apresenta a terceira maior taxa proporcional de casos. Também foi visto que as taxas de incidência e mortalidade apresentam tendência de crescimento, atingindo seu ápice em 2013 e 2014, respectivamente; enquanto que a taxa de letalidade vem apresentando tendência regressiva, sendo próxima de zero nos anos de 2015 e 2016. Os resultados do estudo demonstram que as intoxicações por agrotóxicos domésticos vêm se tornando um agravo emergente, em especial, por sua ocorrência em ambientes domésticos. Assim, torna-se necessária a realização de novos estudos para conhecer melhor o perfil das ocorrências e estabelecer ações de saúde que visem a diminuição deste evento.



Palavras-chaves:  agrotóxicos, intoxicação, Pernambuco