ANÁLISE DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS POR AGROTÓXICOS DOMÉSTICOS EM PERNAMBUCO |
Nas últimas décadas, com o avanço da urbanização e das mudanças ambientais provocadas pelo homem, tornou-se constante o uso de agrotóxicos no ambiente domiciliar para o controle de insetos e pragas causadores de doenças. Um dos resultados do maior uso de inseticidas e raticidas, por exemplo, é a ocorrência de intoxicações devido seu uso excessivo e/ou sem proteção. Analisar a distribuição espacial, incidência, mortalidade e letalidade das intoxicações por agrotóxicos domésticos em Pernambuco, durante os anos de 2007 e 2016. Estudo epidemiológico, de caráter transversal, descritivo e retrospectivo. Foi realizada consulta aos bancos de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) sobre a ocorrência de intoxicações por agrotóxicos domésticos no estado de Pernambuco. Os dados coletados foram tabulados no software Tabwin 4.14 e as frequências de incidência, mortalidade e letalidade foram calculadas no programa Microsoft Excel. Observou-se que a distribuição espacial dos casos segue, quase que semelhante à distribuição populacional do estado, com exceção da VII Geres, sediada em Salgueiro que, apesar de ser a regional de saúde menos populosa do estado, apresenta a terceira maior taxa proporcional de casos. Também foi visto que as taxas de incidência e mortalidade apresentam tendência de crescimento, atingindo seu ápice em 2013 e 2014, respectivamente; enquanto que a taxa de letalidade vem apresentando tendência regressiva, sendo próxima de zero nos anos de 2015 e 2016. Os resultados do estudo demonstram que as intoxicações por agrotóxicos domésticos vêm se tornando um agravo emergente, em especial, por sua ocorrência em ambientes domésticos. Assim, torna-se necessária a realização de novos estudos para conhecer melhor o perfil das ocorrências e estabelecer ações de saúde que visem a diminuição deste evento. |