IDOSOS E O HIV: CONHECIMENTO E VULNERABILIDADES |
A infecção pelo HIV é uma doença crônica, sem cura, causada pelo vírus da imunodeficiência humana. Nos últimos anos tem ocorrido uma importante mudança no perfil dos pacientes acometidos pela síndrome da imunodeficiência humana (AIDS), com aumento progressivo no número de casos em pacientes idosos. Isso se deve à ampliação da expectativa de vida em portadores da doença com o surgimento da terapia antirretroviral e também ao frequente engajamento desse grupo social em situações de risco. Dessa forma, objetivou-se evidenciar o conhecimento desse grupo social acerca da enfermidade e das suas vulnerabilidades específicas. Foi realizada uma revisão de literatura na base de dados do SciELO utilizando os descritores “HIV” e “Idosos” nos últimos 10 anos. Dos 65 artigos encontrados, 10 artigos atenderam aos critérios de inclusão. Analisou-se o perfil dos 794 idosos entrevistados, sendo a maioria do sexo feminino, solteiros ou viúvos, com idade entre 60 e 75 anos. Foi observado que a maioria dos entrevistados tinham bons conhecimentos sobre os métodos de transmissão do HIV, mas não sabiam ou não utilizavam de forma regular o preservativo. Além disso, uma parcela considerável dos entrevistados nunca tinha feito uso do Condom. Nota-se, assim, a grande vulnerabilidade desse grupo social para o HIV, que, mesmo instruídos sobre meios de aquisição da doença, não utilizam proteção contra ela. Com o advento e a disponibilidade do Sindenafil, a vida sexual do idoso obteve melhoras significativas, no entanto não acompanhadas da devida proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, entre elas o HIV. Logo, a importante desmistificação dos hábitos de vida e sexualidade do idoso são pontos essenciais para a criação de políticas de saúde pública como forma de prevenir o atual aumento de casos de HIV. |