PADRÃO ALIMENTAR EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE ZIKA CONGÊNITA
VIVIANNE DE OLIVEIRA BARROS 1,2,3, TAMIRIS OLIVEIRA NÓBREGA DIAS 1,2,3, ADRIANA SUELY DE OLIVEIRA MELO1,2,3, GISELE GISELE JOCELITA IARA GOLYNSKI BARBOSA1,2,3, RAYSSA VIEIRA BRANDÃO FERREIRA1,2,3, GIRLENE SOUZA DE AZEVEDO1,2,3, JOUSILENE JOUSILENE DE SALES TAVARES1,2,3, MARIANA BALBINO DA SILVA1,2,3, FABIANA DE OLIVEIRA MELO1,2,3, JOÃO GUILHERME BEZERRA ALVES1,2,3
1. IPESQ - Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto, 2. UNIFACISA - UNIFACISA, 3. IMIP - Instituto de Medicina Integral Prof Fernando Figueira
rayssavbf@gmail.com

 

A adequada alimentação é fator importante para garantir a saúde da criança e determinante na velocidade de crescimento. Diante disso, o estudo tem como objetivo car acterizar o padrão alimentar das crianças com Síndrome de Zika Congênita a partir de um ano de idade. Trata-se de um estudo transversal realizado no Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto, na cidade de Campina Grande/PB. Foi aplicado questionário de frequência de consumo alimentar, dividido em seções, seção das carnes, peixes e ovos, das leguminosas, de arroz e tubérculos, de sopas, de leite e derivados, de vegetais e de frutas, além de uma seção sobre o período do aleitamento materno. Os dados foram obtidos por meio de entrevista com as mães. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em Pesquisa sob nº 62233316.6.0000.5175. Foram avaliadas 86 crianças entre 12 e 44 meses de idade. A média de idade do desmame foi de seis meses, variando entre 0 a 32 meses. De acordo com os grupos alimentares estudados, os alimentos mais consumidos foram, a carne de boi, frequência diária de duas porções, o feijão, consumo diário de 1,8 vezes, a batata inglesa e inhame com uma frequência diária de 1,7 porções, e as verduras e frutas com um o consumo de pelo menos 2 porções por dia. A  média de idade do desmame encontrada é preocupante por não seguir a recomendação da Organização Mundial de Saúde, que preconiza o aleitamento materno até dois anos de idade. Estudos têm demonstrado que os benefícios do aleitamento materno perduram por toda a vida como, menor risco de obesidade, dislipidemias, hipertensão arterial, diabetes melito, síndrome metabólica, além de resultados positivos do desenvolvimento neurológico, relevante para essa população. Com relação ao padrão alimentar constata-se uma tendência ao hábito alimentar da família brasileira corroborando com a alimentação apresentada no Guia Alimentar do Ministério da Saúde. No entanto, esse achado não garante que as crianças com Síndrome de Zika Congênita, recebam o aporte adequado de micronutrientes, como vitamina A, ferro, vitamina C, vitaminas do Complexo B, Zinco necessários para combater o aumento e a freqüência de infecções, auxiliar no crescimento e desenvolvimento infantil. Diante destes fatos, investigações envolvendo estudos longitudinais sobre a alimentação nessa população, devem ser estimulados, como forma de identificar fatores de risco e suas implicações sobre o crescimento infantil, enfatizando as repercussões em longo prazo.

 

 



Palavras-chaves:  Aleitamento materno, Ingestão de alimentos, Microcefalia, Nutrição na Criança, Zika vírus