ANISAQUÍASE: UM RISCO IMINENTE PARA A SAÚDE PÚBLICA MUNDIAL
SILVIA CARLA DE ASSIS ALEXANDRE 1, RAFAELA ABREU DE SIQUEIRA1, NATHALIA ALVES CASTRO DO AMARAL 1, PAULA CRISTINA DA SILVA OLIVEIRA1
1. IAM - FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz Pernambuco, 2. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
SILVIA_NASFGOIANA@YAHOO.COM.BR

Muito conhecida nos países ocidentais como o Japão, a anisaquíasevem apresentado uma crescente incidência no mundo, podendo se tornar um grande problema para a saúde pública. Por se tratar de uma doença causada pela ingestão denematóides em peixe cru e praticamente desconhecida no Brasil, é de suma importância o estudo desta doença, uma vez que o aumento de restaurantes que comercializam sushi, sashimi e similares vem crescendo desenfreadamente no país. Analisou-se a ocorrência de anisaquíase no mundo entre os anos de 2004 e 2016, destacando as espécies de pescados envolvidos, os sintomas frequentes e medidas de prevenção. Estudo descritivo com base nos dados disponibilizados pela MSD Saúde, através de seu portal para profissionais de saúde. No Japão, o hábito de consumir frutos do mar crus tem aumentado o número de infecções por Anisakis , nos últimos anos. Em 2004 só haviam 4 casos, em 2013 foram relatados 79 casos e em 2016 este número passou para 126. Nos países europeus e nos Estados Unidos as larvas encontradas são atribuídas ao consumo de salmão do pacífico. No Brasil não há casos registros de anisaquíase, porém o verme já foi encontrado pela Vigilância Sanitária em diversos tipos de peixes, como anchova, dourado, bacalhau, cavala, peixe-espada e vieiras. Os sintomas mais frequentes são náuseas, vômitos, dor abdominal intensa e febre baixa, que podem ocorrer dentro de uma hora à duas semanas após o consumo de peixes infectados.A ausência de diagnóstico correto e o desconhecimento da doença possam ser alguns dos motivos para a inexistência de dados mais precisos. A FDA, Agência Americana de Segurança Alimentar, recomendacomo medida de prevenção o cozimento de frutos do mar a 63 ºC, como também congela-los a uma temperatura de –20º ou inferior por 7 dias ou a –35ºC ou menos, durante 15 horas para matar os parasitas.Faz-se necessário um estudo mais específico desta zoonose parasitária a fim de desenvolver uma legislação e estratégias eficazes de fiscalização e de operacionalização no preparo destes alimentos de forma a minimizar os riscos a saúde da população.



Palavras-chaves:  Anisaquíase, Saúde Pública, Zoonose Parasitária