PREVALÊNCIA DE PATÓGENOS BACTERIANOS COMO AGENTES INFECCIOSOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS |
Introdução: A ocorrência de infecções em pacientes oncológicos tem sido relacionada à altas taxas de morbidade e mortalidade, onde a Escherichia coli e a Klebsiella pneumoniae destacam-se como as mais prevalentes. Objetivos: Relatar o perfil microbiológico de agentes patogênicos em infecções de pacientes oncológicos no hospital Ophir Loyola (HOL) Métodos: O estudo é do tipo epidemiológico, observacional, transversal, retrospectivo com abordagem quantitativa descritiva. O estudo foi realizado no HOL, um hospital público classificado pelo Instituto Nacional do Câncer como Centro de Alta Complexidade em Oncologia. Foram analisados 1136 registros no período de janeiro/2016 a dezembro/2017. os principais achados foram classificados em: cultura em geral e hemocultura. Os dados foram submetidos a estatística descritiva. Resultados: Nos anos de 2016 e 2017 E. coli foi a mais frequente com 34,1% (n=387) e 31,3% (n=312); seguida de Pseudomonas aeruginosa 15,4% (n=175) e 17,6% (n=176) e Klebsiella pneumoniae 11,7% (n=133) e 14,1% (n=141). Já nas hemoculturas, o patógeno mais frequente no ano de 2016 (n=554) foi o Staphylococcus coagulase negativa, 30,6% (n=169), seguido da K. pneumoniae 12,5% (n=69) e E. coli 9,7% (n=54). No ano de 2017 (n=324), o patógeno que apresentou maior frequência nas hemoculturas foi a P. Aeruginosa 19,1% (n=62), seguida da K pneumoniae , 14,8% (n=48) e do Staphylococcus coagulase negativa 10,2% (n=33). Conclusão: Este estudo identificou a Escherichia coli como patógeno mais frequente, corroborando com a literatura atual. A Klebsiella spp. destaca-se entre os isolados de pacientes oncológicos, onde esse patógeno se estabelece entre os três principais causadores de infecções nesta população nos anos de 2016 e 2017, e sua importância epidemiológica se relaciona ao seu potencial para agregar fatores de resistência antimicrobiana em ambientes hospitalares. |