PERFIL DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE ÓBITOS MATERNOS NA MACRORREGIÃO NORTE DA BAHIA
EULINA DA SILVA BRAGA 1, HELDER SILVEIRA COUTINHO1, BRUNO LOPES RIOS1, PALOMA RAQUEL OLIVEIRA DE ALMEIDA1
1. NRS/SESAB - NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE NORTE - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
eulinabraga@yahoo.com.br

O óbito de uma mulher no período gestacional, no parto ou no puerpério é um acontecimento que finaliza, de forma trágica, o processo natural da reprodução humana. Segundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a morte materna é o óbito de uma mulher durante a gravidez ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada, com ou agravada pela gestação ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devidas a causas acidentais ou incidentais. Existe uma deficiência em relação à vigilância epidemiológica do óbito materno em que as principais causas básicas do mesmo necessitam de investigação. A busca por traçar um perfil epidemiológico das principais causas básicas de óbito materno é subsídio para uma melhor identificação de fatores negativos da prestação de cuidado em saúde. Objetivou-se realizar um levantamento do perfil de investigação epidemiológico de mortalidade materna na macrorregião norte da Bahia no ano de 2017. Trata-se de um estudo descritivo do tipo ecológico, em que utilizou-se como fonte de dados o Sistema de Informação sobre Mortalidade da base federal (SIM-web). Foram consultados os óbitos maternos do ano de 2017 residentes na macrorregião norte da Bahia, em que foi verificado a causa básica e o status da investigação, comparando o status da investigação com a meta do estado da Bahia para investigação de óbitos maternos. Ocorreram 13 óbitos maternos na macrorregião, sendo destes, 5 investigados. As principais causas básica foram: pré-eclâmpsia grave, infecção puerperal, gravidez ectópica, anemia complicando a gravidez, doença do aparelho respiratório, transtornos do fígado complicando a gravidez e meningite pneumocócica e outras. Existe uma deficiência na macrorregião em relação à vigilância epidemiológica dos óbitos maternos, os quais necessitam de uma maior investigação. Sendo que, a maior parte dos óbitos maternos encontrados foi do tipo obstétrico direto, em sua maioria evitáveis, o que reflete a necessidade de garantir uma atenção integral e de qualidade à mulher, desde a orientação quanto à saúde reprodutiva, planejamento familiar, assistência adequada ao pré-natal e referência às gestantes de alto risco.



Palavras-chaves:  Atestado de óbito, Mortalidade materna, Vigilância em saúde