PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NOTIFICADOS NO DISTRITO SANITÁRIO IV DA CIDADE DO RECIFE NO ANO DE 2017
CAMILLA VILA NOVA SOARES SILVA2, RAFAELY MARCIA SANTOS DA COSTA2, SUELY FERREIRA GOMES2, ANA CRISTINA RODRIGUES DE LIMA SILVA2, RAFAELLA CHRISTINE TENÓRIO DE ARRUDA2, ADRIANA ALBUQUERQUE AGUIAR2, ADRIANA CYTHA PINHO DE FRANCA2, LÚCIA HELENA DE SANTANA DE SOUZA2, ROBERTA GODOY LINS DE ALBUQUERQUE2, ROBERTA MORAIS DIAS NUNES COUTINHO2, TARCIANA DUARTE DE SOUZA MATOS2
1. DS IV - SESAU RECIFE - Distrito Sanitário IV - Secretaria de Saúde do Recife, 2. RESIDÊNCIA MULTI EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE - Residência Multiprofissional em Vigilância em Saúde - Secretaria de Saúde do Recife, 3. RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA - Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva - Instituto Aggeu Magalhães/FIOCRUZ
camilla.vilanova@hotmail.com

Os acidentes por animais peçonhentos são definidos como envenenamento causado pela inoculação de toxinas através de presas de animais peçonhentos ou pela penetração cutânea de cerdas do animal, no caso de acidentes com lagartas. Representam agravos de relevância epidemiológica, tendo em vista que necessitam de notificação e atendimento oportunos, caso contrário, estes acidentes podem ser altamente letais. No Brasil, são causados principalmente por serpentes, escorpiões, aranhas e lagartas. Este estudo objetivou caracterizar o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos em um Distrito Sanitário da cidade do Recife no ano de 2017. Trata-se de um estudo descritivo, onde foram analisadas informações coletadas junto à Secretaria de Saúde do Recife, registradas no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). No ano de 2017, foram notificados 260 casos de acidentes por animais peçonhentos no Distrito Sanitário IV da cidade do Recife. O bairro da Várzea apresentou a maior ocorrência, com 75 casos, seguido pelos bairros dos Torrões e Iputinga, com 49 e 33 notificações, respectivamente. A maioria dos acidentes envolveu indivíduos do sexo feminino. Quanto à distribuição etária, a maior quantidade de casos concentrou-se na faixa etária de 30 a 59 anos (30,4%), seguida pela faixa de 0 a 9 anos (27,7%). Com relação ao local anatômico da picada, verificou-se que as extremidades foram as mais atingidas, sendo as maiores proporções de local da picada no pé (29,2%) e dedos da mão (11,9%). É importante salientar que 19,6% das notificações apresentaram este campo como ignorado ou em branco, sugerindo uma fragilidade no correto preenchimento da ficha de notificação. Observou-se ainda que acidentes provocados por escorpiões representaram uma parcela significativa das notificações de acidentes por animais peçonhentos neste distrito, totalizando 89,2% de todas as notificações deste agravo. Houve predomínio de acidentes de grau leve, com a evolução para cura sendo o desfecho mais comum.



Palavras-chaves:  Acidentes, Animais Peçonhentos, Epidemiologia, Escorpião, SINAN