MARCADOR DE CONTATO VETOR-HOSPEDEIRO ORIUNDO DE ANTÍGENOS SALIVARES IMUNOGÊNICOS DE TRIATOMÍNEO
ULSSES ANTÔNIO NATIVIDADE 1, LUCIANA RAMOS DIAS1, ANGELITA DE PAULA PIMENTA1, MARCIA PIMENTA FERREIRA1, MARCOS HORÁCIO PEREIRA1, RITA DE CASSIA MOREIRA SOUZA1, LILEIA DIOTAIUTI1, NELDER FIGUEIREDO GONTIJO1, MAURICIO ROBERTO VIANA SANT'ANNA1, GRASIELLE CALDAS DÁVILA PESSOA1, LEONARDO BARBOSA KOERICH1, RICARDO NASCIMENTO ARAÚJO1
1. UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, 2. CPQRR - FIOCRUZ MG - Centro de Pesquisas Rene Rachou - Fiocruz MG
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No Brasil, a realização de inquéritos entomológicos para avaliação das populações de Triatomíneos, o combate direto ao vetor da doença de Chagas junto as melhorias habitacionais, promoveram a redução dos níveis populacionais destes insetos. Isto resultou avanços como a certificação em livre de transmissão pelo Triatoma infestans , dentre outros. Com a dificuldade em localizar os vetores autóctones através da busca ativa e o fato deles se encontrarem em estreita associação com seus hospedeiros vertebrados, uma alternativa promissora seria a identificação de um marcador de contado adequado para exposição. A detecção de anticorpos para antígenos salivares como ferramenta epidemiológica e marcador biológico de exposição a vetores, tem sido bastante utilizada em trabalhos com diferentes artrópodes hematófagos e já tem sido aplicada para algumas espécies de triatomíneos. Trabalhos realizados com camundongos mostraram que a saliva de Rhodnius prolixus pode ser utilizada em ensaios imunoenzimáticos para estimar o contato hospedeiro-triatomíneo. Também foi identificado um antígeno salivar, a Apirase, que apresentou resultados promissores como marcador de contato R. prolixus-camundongo. Neste trabalho, tem-se como principal objetivo o desenvolvimento de um marcador de contado adequado para exposição de humanos ao R. prolixus . Para tanto, foi utilizado soro sanguíneo de pessoas que trabalham em biotério de criação de R. prolixus e que afirmaram ter sido picados por R. prolixus nos últimos 6 meses e soro de indivíduos que nunca foram picados como controle negativo CEUA no. 391/2016. A otimização dos testes de ELISA com soro humano constatou ideais a concentração de antígeno de 0,5 μg/50 mL de solução por poço, soro humano diluído em 1:160 e a diluição de anticorpo conjugado com peroxidase – anti IgG humano de 1:5.000.  Resultados preliminares apontam que mostraram que indivíduos picados por R. prolixus apresentam valores de absorbância média de 0210 ± ,50, enquanto aqueles que não foram expostos apresentam 0,150 ± 0,30. Um próximo passo será avaliar o soro de outros indivíduos expostos ou não a picadas de R. prolixus e o reconhecimento da Apirase salivar de R. prolixus pelos soros. Os resultados indicam que a saliva apresenta componentes com potencial uso como marcador de contato R. prolixus -humano.



Palavras-chaves:  Rhodnius prolixus, saliva, marcador de contato, vetor-hospedeiro, ELISA