MARCADOR DE CONTATO VETOR-HOSPEDEIRO ORIUNDO DE ANTÍGENOS SALIVARES IMUNOGÊNICOS DE TRIATOMÍNEO |
No Brasil, a realização de inquéritos entomológicos para avaliação das populações de Triatomíneos, o combate direto ao vetor da doença de Chagas junto as melhorias habitacionais, promoveram a redução dos níveis populacionais destes insetos. Isto resultou avanços como a certificação em livre de transmissão pelo Triatoma infestans , dentre outros. Com a dificuldade em localizar os vetores autóctones através da busca ativa e o fato deles se encontrarem em estreita associação com seus hospedeiros vertebrados, uma alternativa promissora seria a identificação de um marcador de contado adequado para exposição. A detecção de anticorpos para antígenos salivares como ferramenta epidemiológica e marcador biológico de exposição a vetores, tem sido bastante utilizada em trabalhos com diferentes artrópodes hematófagos e já tem sido aplicada para algumas espécies de triatomíneos. Trabalhos realizados com camundongos mostraram que a saliva de Rhodnius prolixus pode ser utilizada em ensaios imunoenzimáticos para estimar o contato hospedeiro-triatomíneo. Também foi identificado um antígeno salivar, a Apirase, que apresentou resultados promissores como marcador de contato R. prolixus-camundongo. Neste trabalho, tem-se como principal objetivo o desenvolvimento de um marcador de contado adequado para exposição de humanos ao R. prolixus . Para tanto, foi utilizado soro sanguíneo de pessoas que trabalham em biotério de criação de R. prolixus e que afirmaram ter sido picados por R. prolixus nos últimos 6 meses e soro de indivíduos que nunca foram picados como controle negativo CEUA no. 391/2016. A otimização dos testes de ELISA com soro humano constatou ideais a concentração de antígeno de 0,5 μg/50 mL de solução por poço, soro humano diluído em 1:160 e a diluição de anticorpo conjugado com peroxidase – anti IgG humano de 1:5.000. Resultados preliminares apontam que mostraram que indivíduos picados por R. prolixus apresentam valores de absorbância média de 0210 ± ,50, enquanto aqueles que não foram expostos apresentam 0,150 ± 0,30. Um próximo passo será avaliar o soro de outros indivíduos expostos ou não a picadas de R. prolixus e o reconhecimento da Apirase salivar de R. prolixus pelos soros. Os resultados indicam que a saliva apresenta componentes com potencial uso como marcador de contato R. prolixus -humano. |