ANÁLISE TEMPORAL DA INCIDÊNCIA DE ZIKA E MICROCEFALIA NO ESTADO DE SERGIPE NO PERÍODO DE 2016 A MAIO DE 2018
NALYNE CARVALHO OLIVEIRA1, WESLLEY MEDEIROS GOIS 1, CAMILLA KARINNE GUIMARÃES ROSA1, LALESCA PIMENTEL SANTANA SANTOS1, GILBERTA GUADALUPE DE SOUZA SANTOS1
1. UFS - Universidade Federal de Sergipe, campus Lagarto
weslleymedeiros-15-gois@hotmail.com

A relação da Microcefalia com o vírus Zika foi confirmada através da análise do líquido amniótico com a detecção do RNA do vírus por meio da técnica RT-PCR. As consequências neurológicas da Microcefalia são diversas como: calcificação cerebral, atrofia cerebral, disgenesia do corpo caloso, ventriculomegalia e lisencefalia. Assim, esse trabalho objetivou analisar retrospectivamente a incidência de casos de Zika e de Microcefalia no estado de Sergipe no período de 2016 a maio de 2018. Trata-se de estudo epidemiológico analítico-descritivo, de caráter retrospectivo, acerca dos casos de Zika e Microcefalia ocorridos no estado de Sergipe no período de 2016 a 2018. Os dados foram obtidos a partir de boletim epidemiológico do Ministério da Saúde e de informe epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe. De 2016 a maio de 2018, ocorreram 235.005 casos suspeitos de Zika no Brasil dos quais 139.540 casos foram confirmados, com a maior ocorrência de casos em 2016 e a menor, em 2018. Em Sergipe, durante esse mesmo período, ocorreram 244 casos suspeitos de Zika e 41 casos confirmados, seguindo o mesmo padrão de ocorrência de casos nacionais, em que ocorreram o maior número de casos em 2016, decrescendo nos anos subsequentes. Em 2016, o município de Itabaiana registrou o maior número de casos suspeitos (97 casos), com confirmação em 11 casos, e Aracaju, proporcionalmente, o maior número de casos confirmados (14 casos) e 32 casos suspeitos. Em 2017, apenas a cidade de Nossa Senhora do Socorro apresentou aumento de número de casos suspeitos (de 2 para 4) e confirmados (de 0 para 3) em relação ao ano 2016. Em 2018, todas as regiões apresentaram redução de tanto de casos suspeitos quanto confirmados. Observa-se, portanto, que o número de casos de Microcefalia em Sergipe acompanha o número de casos de Zika, sendo 2016 o ano com maior quantidade de casos (93), 2017 em segundo com 4 e 2018 em terceiro com 2 casos. Nesse sentido, é possível constatar uma tendência de redução do número de casos notificados no Estado de Sergipe onde ações do governo para barrar o vetor e campanhas voltadas principalmente para a correlação do Zika e dos casos de Microcefalia devem ter influenciado as referidas taxas. Desse modo, apesar da diminuição dos casos de Microcefalia, é necessário o controle dos novos casos de Zika que dependem, primordialmente, do controle do vetor Aedes aegypti e da conscientização das gestantes de como se proteger da picada desse mosquito.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Microcefalia, Zika