CONTROLE DA TUBERCULOSE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE EM SERGIPE
WESLLEY MEDEIROS GOIS 1, SAMUEL LUCAS CALMON RODRIGUES1, KAROLINE ALVES ALMEIDA1, CLARISSA TEIXEIRA SANTOS1, ERIKA DE LIMA VASCONCELOS1, AÉCIO LINDENBERG FIGUEIREDO NASCIMENTO1, ESTER BENCZ1, AMANDA FERREIRA BARBOSA 1, MÁRCIO CARNEIRO LIMA1, LÚCIO FLÁVIO FERNANDES DE O. JÚNIOR1, VANESSA OLIVEIRA AMORIM1, MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GÓES1
1. UFS - Universidade Federal de Sergipe, campus Lagarto
weslleymedeiros-15-gois@hotmail.com

A tuberculose (TB) permanece ainda como uma doença de elevada magnitude e importância mundial. Atualmente são notificados cerca de 10 milhões de casos novos em todo mundo, causando mais de 1 milhão de óbitos por ano. O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS que concentram 80% da carga mundial de TB. É importante ressaltar que é uma doença negligenciada, isto é, além de apresentar alta prevalência em situações de pobreza, contribui para a manutenção da desigualdade social. O objetivo do estudo foi avaliar os casos de TB atendidos na Atenção Primária à Saúde no estado de Sergipe. Foi realizado um estudo observacional descritivo, com a utilização do banco de dados dos casos novos de TB, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de residentes no estado de Sergipe, com diagnóstico pela APS entre 2007 e 2017.  Neste período foram diagnosticados 5945 casos novos de TB, sendo 3595 pelas unidades de saúde da APS em Sergipe. Desses, 2161 (60.1%) realizaram sorologia para HIV, sendo 62 (2,9%) reagentes.  Foram examinados 76,8% dos contatos registrados e 56.4% realizaram Tratamento Diretamente Observado (TDO). A cura dos casos de TB na APS foi de 81,6% e um abandono ainda considerado alto (10,5%). Nesse contexto, chama a atenção quando dentre os casos da APS comparamos aqueles usuários que realizaram TDO em relação aos que não realizaram, pois todos os indicares são visivelmente melhores, alcançando uma cura de 86,4%. Assim, a pesar dos inúmeros avanços no processo de ampliação das ações de TB na APS, verifica-se a necessidade de intensificação do exame de contatos e da expansão do TDO para que melhores taxas de cura sejam alcançadas. Dessa forma, somente através de um cuidado longitudinal e integral, assim como a ampliação do tratamento diretamente observado para uma maior taxa da população, a TB passará a ter uma menor taxa de abandono e maior controle.



Palavras-chaves:  Atenção primária, Controle, Tuberculose