OCORRÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EM MUNICÍPIO ENDÊMICO DO NORDESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
FRANCIS JOSÉ DE JESUS NUNES¹, AMANDA HELENA NOVAES SALDANHA RUY DE ALMEIDA¹, IGOR GUSTAVO SALES ARÃO¹, PEDRO HENRIQUE LAUAR SANTOS¹, KÊNIA MOREIRA RAMOS¹, JOÃO VICTOR LEITE DIAS ¹
1. UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2. SMS FRANCISCÓPOLIS - Secretaria Municipal de Saúde de Franciscópolis
joao.dias@ufvjm.edu.br

A esquistossomose é uma helmintose de grande importância para a saúde no Brasil. A região do Vale do Mucuri, nordeste do estado de Minas Gerais é uma das áreas com maiores indicadores de morbidade pela infecção por Schistosoma mansoni . As ações do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) têm sido conduzidas sistematicamente no município de Franciscópolis, com realização de exames coproparasitológicos e tratamento da população. O presente estudo apresenta os indicadores do PCE no município de Franciscópolis no ano de 2017 e compara a positividade para S. mansoni com os anos anteriores (2010-2016). Os dados de ocorrência da doença em 2017 foram obtidos dos boletins do PCE por localidade investigada, enquanto as informações dos anos anteriores foram consultadas no sítio eletrônico do DATASUS. Ao todo, em 2017, foram examinadas 1139 pessoas (20,1% dos habitantes do município) de 36 localidades investigadas (43,9% do total de localidades). A adesão ao exame de fezes foi de 85,8%. A prevalência da doença foi de 5,8%, sendo que 55,6% das localidades apresentaram pelo menos um exame positivo. A evolução da positividade para o S. mansoni apresentou padrão descendente ( p < 0,0001 ; teste de tendência), variando de 13,5% em 2010 até 5,8% em 2017, o que sugere que as ações regulares de controle da esquistossomose no município de Franciscópolis têm se mostrado efetivas para a redução da prevalência da parasitose. Contudo, a ampla dispersão de parasitados nas diversas localidades alerta para a necessidade de que tais ações sejam sustentadas.