DETEÇÃO E GENOTIPAGEM DO PAPILOMAVIRUS HUMANO E ALTERAÇÕES CELULARES CERVICAIS EM MULHERES DA GRANDE DOURADOS-MS
LUANA MARIA TASSONI FERRO LUANA FERRO1, ALESSANDRA APARECIDA VIEIRA MACHADO ALESSANDRA MACHADO1, FÁBIO JULIANO NEGRÃO 1
1. UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados
fabionegrao@ufgd.edu.br

O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus pequeno, icosaédrico, não envelopado e pertencente à família Papillomaviridae . Seu genoma é conservado e composto po r um DNA fita dupla circular e o capsídeo viral formado por duas moléculas estruturais L1 e L2. Tem diferentes níveis taxonômicos e os genótipos são classificados em tipos, sub-tipos e variantes moleculares pelo sequenciamento do gene L1. A transmissão do HPV ocorre principalmente por contato sexual e mais de 95% das infecções são assintomáticas ou apresentam lesões benignas, contudo o HPV é relacionado ao desenvolvimento de 99% dos cânceres cervicais. A capacidade de transformação celular do HPV o classifica epidemiologicamente em três principais grupos de acordo com seu risco oncogênico em: baixo risco, alto risco e indeterminado. Os genes L1 e L2 frequentemente são alvo nos métodos de diagnóstico molecular e a região conservada do gene L1 e o conjunto de oligonucleotídeos iniciadores PGMY09/11 é o mais utilizado na classificação das infecções pelo HPV. Com o objetivo diagnosticar a infecção pelo HPV em mulheres entre 18 e 65 anos diagnosticadas com alterações citológicas cervicais na rede básica de saúde da macrorregião de Dourados-MS, Brasil, foi visualizado as alterações celulares no exame de colpocitopatológico (Papanicolau) e classificadas de acordo com o sistema Bethesda. No diagnóstico da infecção pelo HPV foi utilizado a técnica de PCR com os oligonucleotídeos iniciadores PGMY09/PGMY11. Adicionalmente uma sequência marcadora para beta globina humana foi utilizada como controle da reação. Das 183 mulheres participantes do estudo, 12 foram positivas para HPV sem apresentarem alteração citológica, 8 apresentaram alteração mas foram negativas para HPV e apenas 4 foram positivas e apresentaram alteração citológica. O exame de Papanicolau é a técnica de diagnóstico padrão para as alterações celulares pré-cancerígenas é confiável na prevenção dos casos graves e acessível economicamente. A infecção por HPV de alto risco oncológico é necessária, mas não o suficiente para o desenvolvimento de câncer cervical. Contudo, o diagnóstico molecular da infecção pelo HPV pode propiciar um diagnóstico precoce da infecção, direcionando o acompanhamento das pacientes antes do aparecimento das lesões e evitar a transmissão do HPV, e tem sido recomendado como ferramenta de prevenção, contudo é necessário estudos de custo/efetividade dentro da realidade de financiamento do Sistema Único de Saúde.    

 



Palavras-chaves:  colpocitopatológico, diagnóstico Molecular, HPV, Câncer de colo de útero