ENSINANDO SOBRE AS LEISHMANIOSES: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA COM OS ESCOTEIROS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ARLINDO SERPA FILHO1, ANGELA CRISTINA VERISSIMO JUNQUEIRA1, WAGNER LANÇA PASSOS1, WAGNER ALEXANDRE COSTA1, AMANDA COUTINHO DE SOUZA1, MONICA JANDIRA DOS SANTOS1, REGINALDO PEÇANHA BRAZIL 1
1. INMA/MCTIC - Setor de Divulgação Cientifica – Instituto Nacional da Mata Atlântica – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Informações , 2. LDP/IOC/FIOCRUZ - Laboratório de Doenças Parasitárias - Instituto Oswaldo Cruz - Fundação Oswaldo Cruz, 3. LIVEDIH/IOC/FIOCRUZ - Laboratório de Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Díptera e Hemíptera do Instituto Oswaldo Cruz – Fundação Oswaldo Cruz
brazil.reginaldo@gmail.com

Atualmente, o que se espera da educação e do ensino de ciências é que estejam estruturados de forma a proporcionar uma formação técnica voltada à cidadania, com base na conscientização crítica-reflexiva dos sujeitos, a fim de que eles possam aplicar os conteúdos apreendidos em situações do cotidiano. Nesta perspectiva, insere-se a proposta pedagógica, visando gerar contribuições ao ensino de biociências e divulgação científica, dentro de um contexto não formal de educação e promoção da saúde. Em parceria com a União dos Escoteiros do Brasil (UEB), foram desenvolvidas atividades lúdicas, dentro do Grande Jogo Regional Escoteiro do Rio de Janeiro, em 2014. O principal objetivo foi trabalhar conceitos relacionados às leishmanioses, a fim de facilitar a compreensão sobre a relação homemXdoençaXprevenção. Para tanto, foram organizadas três atividades didático-pedagógicas: i) espaço biológico e biodiversidade , com a exposição de insetos e animais classificados como reservatórios de leishmaniose, observação em microscópios e lupas, além de caixas entomológicas; ii) jogo de desafio "Ache o flebotomíneo ", realizada dentro de uma barraca de shannon (captura entomológica), a fim de estimular a identificação e coleta de flebótomos, em meio a outros insetos; e iii) Jogo de perguntas , relacionadas aos flebotomíneos (vetor), as Leishmanias spp (parasito) e as leishmanioses (doença). Participaram, cerca de 4000 integrantes, entre membros das categorias: Lobinho, Escoteiro, Sênior, Pioneiro e Chefias. Além dessas atividades, foi aplicado um questionário estruturado, para levantamento do conhecimento dos participantes sobre as leishmanioses. 66 pessoas responderam, sendo 43(65%), do gênero masculino e 23(35%), feminino; com idades entre 7 e 74 anos, e diferentes formações acadêmicas. 30(46%) responderam não conhecer as leishmanioses, 21(36%) que sim, e 12(18%) disseram conhecer, mas não lembrar. Sobre como se contrair a leishmaniose, 37(56%) responderam não saber, e 29(44%) que sim; destes,somente 10 afirmaram ser por picadas de flebotomíneos . Mediante as respostas, se percebe um desconhecimento e/ou conhecimentos equivocados, em relação ao tema, demonstrando a necessidade de maior divulgação sobre as leishmanioses. O resultado do trabalho se mostrou favorável, ao processo de formação dos Escoteiros, uma que, no ano seguinte,foram demandas por Dirigentes e Chefias da UEB/RJ,oficinas sobre outras doenças vetoriais: dengue, Zika, chikungunya, febre amarela e doença de Chagas.



Palavras-chaves:  Leishmanioses, Educação e Saúde, Divulgação Científica, Escoteiros, Grande Jogo Regional