USO DO HAT-QoL PARA AVALIAR A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM HIV/AIDS NA PARAÍBA
ROSSANA DE ARAÚJO BARBOZA 2, BRUNA RAFAELA VICENTE DA SILVA2, FRANCISCO JAIME RODRIGUES DE LIMA FILHO2, JOSÉ LANCART DE LIMA2, MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO2, RAFAELLA DE ARAUJO MONTEIRO BANDEIRA2, RENATA BRAGA REGO2
1. IAM FIOCRUZ - Instituto Aggeu Magalhães, 2. IAM FIOCRUZ - Instituto Aggeu Magalhães
rossana.barboza@hotmail.com

A Organização Mundial da Saúde define qualidade de vida (QV) como sendo a percepção individual de vida no contexto cultural e sistemas de valores em relação aos objetivos, expectativas, padrões e preocupações de cada indivíduo. Podendo ser determinada pelas experiências pessoais, e, percepções do papel social no que se refere ao ideal, bem como as prioridades de vida de cada um. Tão logo, entende-se que é de extrema importância a avaliação da QV de pessoas que vivem com HIV/Aids, pois apesar dos inúmeros benefícios advindos do surgimento das terapias antirretrovirais (TARV’s), o enfrentamento da infecção ainda é um processo longo e cheio de estigmas. Nessa perspectiva, este trabalho tem por objetivo, descrever a análise da QV de 33 mulheres maiores de 18 anos acompanhadas pelo serviço de referência do Estado, escolhidas aleatoriamente, no período de julho e agosto de 2014, tendo obedecidos os critérios éticos. Para tanto, utilizou-se o HAT-Qol, instrumento desenvolvido nos Estados Unidos para estudos com indivíduos soropositivos, composto por 34 questões distribuídas em 9 domínios: atividade geral, contentamento com a vida, preocupações com a saúde, preocupações financeiras, aspectos relacionados às medicações, conscientização sobre o HIV, preocupação com o sigilo da doença, relacionamento com o médico e atividade sexual. Fazendo análise por domínios, observou-se que os domínios que apresentaram-se prejudicados foram : preocupação com o sigilo, preocupação financeira e atividade sexual. Assim, é possível afirmar que as mulheres paraibanas que vivem com HIV/Aids, não apresentam comprometimento da qualidade de vida, visto que, a maioria dos escores obteve médias excelentes. Desta forma, é fundamental que os profissionais que integrem a equipe de saúde tenham conhecimento do longo processo histórico da epidemia do HIV/Aids, além das mudanças frente às novas perspectivas de vida, pautado no cuidado integral, contemplando, além das necessidades individuais, aspectos relacionados a essa realidade.



Palavras-chaves:  Aids, HIV, Mulheres, Qualidade de Vida