AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA TUBERCULOSE: PERSPECTIVA DOS PACIENTES SOBRE A COMUNICAÇÃO COM OS ENFERMEIROS
NATHALIA YUKIE CREPALDI ¹, LÍDIA MARIA LOURENÇON RODRIGUES¹, FERNANDA BERGAMINI VICENTINE¹, INACIA BEZERRA DE LIMA¹, DOMINGOS ALVES¹, RUI PEDRO CHARTERS LOPES RIJO¹
1. FMRP-USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, 2. ESTG - IPL - Escola Superior de Tecnologia e Gestão - Instituto Politécnico de Leiria, 3. EERP - USP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo
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A Tuberculose (TB) é uma doença curável, porém é a principal causa de morte por agente infeccioso, com 1,3 milhão de óbitos e cerca de 10,4 milhões de novos casos no mundo em 2016. Para auxiliar os profissionais de saúde no gerenciamento dos dados de tratamento de pacientes, desenvolveu-se um sistema de informação para acompanhar o tratamento de TB (SISTB). A introdução de um sistema de informação em saúde no serviço, pode trazer benefícios mas também gera mudanças na rotina. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a implantação do SISTB, através da perspectiva do paciente. Estudo de intervenção, descritivo. Como método, foi utilizado o questionário Hospital Consumer Assessment of Healthcare Providers and Systems (HCAHPS) que foi respondido pelos pacientes no momento antes (M1) e após (M2) a introdução do SISTB no serviço de saúde. Para este trabalho focou-se em uma dimensão do questionário, a Comunicação com os enfermeiros. O SISTB foi implantado em três ambulatórios de referência para tratamento de TB na cidade de Ribeirão Preto - SP. Foram entrevistados 27 pacientes no M1 e 42 no M2. Para avaliar a Comunicação com os enfermeiros foram realizadas as seguintes questões com as respectivas médias nos dois momentos: Q1 - Durante seu tratamento ambulatorial da tuberculose os enfermeiros frequentemente o trataram com cortesia e respeito? (0,89 M1; 0,95 M2); Q2 - Durante seu tratamento ambulatorial da tuberculose os enfermeiros frequentemente escutaram você com atenção? (0,85 M1; 0,88 M2); Q3 - Durante seu tratamento ambulatorial da tuberculose os enfermeiros frequentemente lhe explicaram as coisas de uma forma que você conseguia entender? (0,81 M1; 0,9 M2); Q4 - Durante seu tratamento ambulatorial da tuberculose, depois que você solicitou ajuda da equipe local, com que frequência os enfermeiros prestaram socorro? (0,88 M1, 0,93 M2). A diferença no número de entrevistados nos dois momentos, deu-se pelo fato de que o SISTB já estava implantado em um ambulatório quando este trabalho iniciou, não sendo possível realizar o M1. Houve melhora em todas as questões relacionadas a comunicação com os enfermeiros após a implantação do SISTB, havendo indícios de que o sistema não prejudicou o atendimento da equipe de enfermagem e pode ter melhorado o gerenciamento das informações. Outras avaliações foram realizadas pelos pacientes e pelos profissionais de saúde para analisar a implantação do SISTB de modo mais completo.