INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA DECORRENTE DA DENGUE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS.
PRISCILLA PEIXOTO BANDEIRA2, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA 2, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO2, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA2, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA2, CHRISTIANE LIMA MESSIAS2, MATHEUS SOARES BARACHO RAMOS2, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE2, ANDREZA DIONISIO FRANCELINO2, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO2, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA2, MONIQUE CARLA DA SILVA REIS2
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FMO - Faculdade de Medicina de Olinda, 3. CESMAC - Centro Universitário CESMAC, 4. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
KAMILLA.PEIXOTO@HOTMAIL.COM

Introdução: A dengue tem sido implicada como uma causa importante de insuficiência hepática em países endêmicos. O elevado nível de viremia inclui desde o aumento assintomático de transaminases hepáticas até a ocorrência de manifestações graves, como a insuficiência hepática aguda, que resulta de uma toxicidade viral direta ou de lesão por desregulação imunológica em resposta ao vírus. Objetivos: Analisar o número de casos notificados de insuficiência hepática decorrente da dengue no Brasil e o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por tal patologia e complicação.  Método: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e comparativo, utilizando dados secundários sobre a insuficiência hepática decorrente da dengue nas regiões do Brasil e o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por essa patologia. Os dados analisados são referentes ao período de 2008 a 2012 e foram extraídos do DATASUS. Resultados: No período de 2008 a 2012 foram notificados 3.230.001 casos de dengue no Brasil, destacando-se o Sudeste com 45% dos casos, seguido do Nordeste com 27%, do Centro-Oeste com 15%, do Norte com 11% e da Região Sul com 2%. Dentre os casos notificados 128 pacientes desenvolveram insuficiência hepática como uma complicação da dengue. Entretanto, mesmo tendo a região Sudeste o maior número de pacientes notificados com dengue, a região Nordeste, com 35%, foi a que apresentou maior porcentagem de pacientes que desenvolveram insuficiência hepática, seguida do Sudeste com 27%, do Norte com 20%, do Centro-Oeste com 17% e da Região Sul com 1%. Dos 128 pacientes que evoluíram com insuficiência hepática, 59% foram do sexo feminino e 41% do sexo masculino. O período etário predominante foi de 20 a 59 anos. A raça majoritária foi parda e a minoritária preta. Em relação à evolução 55% dos pacientes evoluíram para cura da dengue e 31% foram ao óbito pelo agravo notificado. Conclusões: Verificou-se que o Nordeste apresentou mais casos notificados de insuficiência hepática decorrente da dengue, entre 2008 e 2012, mesmo sendo o Sudeste a região com mais casos notificados de dengue. Assim como, nota-se a prevalência dessa complicação em indivíduos do sexo feminino, pardos e com idade entre 20 e 59 anos. A maioria dos pacientes evoluiu com a cura da patologia notificada.



Palavras-chaves:  Arboviroses, Dengue, Falência hepática, Febre da dengue, Insuficiência hepática