ESTUDO COMPARATIVO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DA DOENÇA DE CHAGAS NA REGIÃO NORTE E NORDESTE DO BRASIL
KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1, PRISCILLA PEIXOTO BANDEIRA1, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, MATHEUS SOARES BARACHO RAMOS1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, ANDREZA DIONISIO FRANCELINO1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO1, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA1, MONIQUE CARLA DA SILVA REIS1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FMO - Faculdade de Medicina de Olinda, 3. CESMAC - Centro Universitário CESMAC, 4. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
KAMILLA.PEIXOTO@HOTMAIL.COM

Introdução: As doenças cardiovasculares possuem diversas etiologias, dentre elas a Doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que possui como meios de infecção a via oral, vetorial, vertical, transfusional e acidental. Objetivos: Analisar o número de casos confirmados de Doença de Chagas Aguda nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e comparar os prováveis meios de infecção da doença nessas regiões. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e comparativo, utilizando dados secundários sobre a variação do número de casos confirmados de Doença de Chagas Aguda e os modos de infecção predominantes da patologia nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Os dados analisados são referentes aos anos de 2010 e 2014 e foram extraídos do DATASUS. Resultados: Por meio da análise dos dados disponíveis pode-se observar que o número de casos confirmados entre 2010 e 2014 aumentou 84,6% na região Norte, enquanto na região Nordeste houve uma diminuição de 30%. O meio provável de infecção da Doença de Chagas no ano de 2010 mais prevalente na região Norte foi a via oral com 60,6%, seguida da vetorial com 20,2%, 19,2% foram ignorados/deixados em branco. Nesse mesmo ano na região Nordeste, todos os casos confirmados tiveram o meio provável de infecção ignorado/deixado em branco. Em 2014, na região Norte, a via oral continuou sendo a predominante, com 68,2%, seguida dos ignorados/deixados em branco com 18,8%, 12% foi atribuído à via vetorial, 0,5% à transfusional e 0,5% a outros. Na região Nordeste 66,7% dos casos confirmados em 2014 obtiveram como meio provável de infecção a via vetorial e 33,3% foram ignorados/deixados em branco. Conclusões: Verificou-se que houve uma diminuição do número de casos confirmados de Doença de Chagas Aguda na região Nordeste do Brasil, em contrapartida com a região Norte que aumentou significativamente. A via oral prevaleceu como o principal modo provável de infecção na região Norte, em 2010 e em 2014, já na região Nordeste no ano de 2010 todos os modos prováveis de infecção foram ignorados/deixados em branco e em 2014 predominou a via vetorial. A partir desse estudo foi possível constatar a deficiência de ambas as regiões, principalmente a região Nordeste, da atribuição do modo provável da infecção na ficha de investigação da Doença de Chagas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) o que compromete uma melhor análise epidemiológica da patologia.



Palavras-chaves:  Cardiomiopatia chagásica, Doença de Chagas, Infecção por Trypanossoma cruzi, Mal de chagas, Trypanossoma cruzi