FEBRE CHIKUNGUNYA: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO NA FASE CRÔNICA |
A Febre Chikungunya é uma causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV) e é transmitida pela picada de artrópodes, principalmente pelas espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus . Tornou-se uma epidemia a partir de 2005, atingindo, posteriormente, a América, inclusive o Brasil. Seu espectro de manifestação engloba três fases: aguda, subaguda e crônica, além de alguns relatos de casos atípicos. Nesse sentido, o manejo na fase crônica é de difícil controle e, portanto, merece uma maior atenção dos profissionais de saúde, no intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Desta forma, objetivou-se realizar um levantamento bibliográfico sobre as principais opções de tratamento para os pacientes com sintomas crônicos da Febre Chikungunya. Foi realizado uma revisão da literatura científica entre 2007 a 2017 com abordagem sobre diagnóstico e tratamento dos pacientes na fase crônica da doença pelo CHIKV, através da busca no banco de dados do PUBMED, utilizando o descritor “Febre Chikungunya”. Nos casos de doença com o curso crônico, faz-se importante uma avaliação do comprometimento articular e do acometimento do sistema músculo-esquelético. Não existe até o momento um tratamento antiviral específico para o CHIKV que se relacione a uma melhora significativa da doença. Observa-se que as pesquisas envolvendo tais drogas ainda estão em estágios iniciais. O tratamento preconizado pelos protocolos internacionais e pelo Ministério da Saúde no Brasil, na fase crônica dá-se através de algumas drogas antirreumáticas, como hidroxicloroquina, metotrexate e sulfassalazina. Também foi possível identificar resultados satisfatórios quando associado, a fisioterapia. Outro mecanismo terapêutico apresentado que pode ser possivelmente seguro e eficaz e já usado em algumas doenças inflamatórias de curso crônico como a artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal consiste na terapia biológica realizada pelas drogas modificadoras do curso da doença, podendo ser útil no controle da progressão da doença e acometimento funcional, no entanto, a escolha mostra-se criteriosa, sendo, desta forma, provavelmente recomendada em casos de persistência da dor após uso das medicações de escolha. Portanto, foi visto que ainda não existe uma terapêutica específica para a fase crônica da Febre Chikungunya, muitos ainda em estudo, sendo o mais importante o acompanhamento sob orientação médica evitando-se a automedicação que sempre pode ser prejudicial. |