FEBRE CHIKUNGUNYA: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO NA FASE CRÔNICA
MARIA CAROLINA BATISTA 1, LYSIANE PRISCILLA OLEGÁRIO SANTOS DA SILVEIRA 1, MARÍLIA AZEVEDO GUIMARÃES SOARES 1, LAÍS GUERRA GUEDES1, MARCELO BATISTA AMARAL1, JOSÉ VICTOR HOLANDA DE ALMEIDA CAVALCANTI1, JOSÉ ÁDONNYS BEZERRA1, BRUNA MARIANA FREITAS LIMA1, MAYHARA ROSANY DA SILVA SANTIAGO1, ANA LÚCIA AZEVEDO DE BARROS CORREIA1, DEBORAH MARIA PEREIRA SILVA1, REGINA COELI FERREIRA RAMOS1
1. UNICAP - Universidade Catolica de Pernambuco, 2. HUOC - Hospital Universitário Oswaldo Cruz
m_carol_batista@hotmail.com

A Febre Chikungunya é uma causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV) e é transmitida pela picada de artrópodes, principalmente pelas espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus . Tornou-se uma epidemia a partir de 2005, atingindo, posteriormente, a América, inclusive o Brasil. Seu espectro de manifestação engloba três fases: aguda, subaguda e crônica, além de alguns relatos de casos atípicos. Nesse sentido, o manejo na fase crônica é de difícil controle e, portanto, merece uma maior atenção dos profissionais de saúde, no intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Desta forma, objetivou-se realizar um levantamento bibliográfico sobre as principais opções de tratamento para os pacientes com sintomas crônicos da Febre Chikungunya. Foi realizado uma revisão da literatura científica entre 2007 a 2017 com abordagem sobre diagnóstico e tratamento dos pacientes na fase crônica da doença pelo CHIKV, através da busca no banco de dados do PUBMED, utilizando o descritor “Febre Chikungunya”. Nos casos de doença com o curso crônico, faz-se importante uma avaliação do comprometimento articular e do acometimento do sistema músculo-esquelético. Não existe até o momento um tratamento antiviral específico para o CHIKV que se relacione a uma melhora significativa da doença. Observa-se que as pesquisas envolvendo tais drogas ainda estão em estágios iniciais. O tratamento preconizado pelos protocolos internacionais e pelo Ministério da Saúde no Brasil, na fase crônica dá-se através de algumas drogas antirreumáticas, como hidroxicloroquina, metotrexate e sulfassalazina. Também foi possível identificar resultados satisfatórios quando associado, a fisioterapia. Outro mecanismo terapêutico apresentado que pode ser possivelmente seguro e eficaz e já usado em algumas doenças inflamatórias de curso crônico como a artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal consiste na terapia biológica realizada pelas drogas modificadoras do curso da doença, podendo ser útil no controle da progressão da doença e acometimento funcional, no entanto, a escolha mostra-se criteriosa, sendo, desta forma, provavelmente recomendada em casos de persistência da dor após uso das medicações de escolha. Portanto, foi visto que ainda não existe uma terapêutica específica para a fase crônica da Febre Chikungunya, muitos ainda em estudo, sendo o mais importante o acompanhamento sob orientação médica evitando-se a automedicação que sempre pode ser prejudicial.



Palavras-chaves:  Arboviroses, Artralgia, Febre Chikungunya, Vírus Chikungunya