LEVANTAMENTO MIDIÁTICO ACERCA DO RECENTE SURTO DE H1N1 NO CEARÁ
MARIA STELLA BATISTA DE FREITAS NETA 1, HELLEN LIMA ALENCAR1, PEDRO LOURENZO OLIVEIRA CUNHA1, LEONARDO PEREIRA TAVARES1, PEDRO PAULO BARBOSA OLIVEIRA1, ANTÔNIO WELLINGTON GRANGEIRO BATISTA DE FREITAS1, MARIA DO SOCORRO VIEIRA GADELHA1
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri, 2. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
mstellafreitas@hotmail.com

A gripe H1N1 ou gripe suína trata-se de uma doença causada pelo vírus Influenza A, subtipo H1N1, que possui alta instabilidade genética e elevada capacidade mutagênica, o que o torna responsável por surtos tais qual o recentemente notificado em Fortaleza e região metropolitana. A letalidade associada ao vírus, especialmente pela possibilidade de evolução a sua principal complicação: Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), explicita a importância de se recorrer ao levantamento midiático com o intuito de compreender a atual situação epidemiológica e analisar estratégias de atenuação da transmissão viral. Realizou-se um estudo transversal com boletins epidemiológicos fornecidos pela Secretaria de Saúde do Ceará, dados secundários do Ministério da Saúde e mídias digitais jornalísticas estaduais e nacionais publicadas de 1° de janeiro de 2009 a 1° de junho de 2018. No Ceará, os primeiros casos de morte por SRAG causada por infecção de H1N1 ocorreram em abril de 2018, com oito casos confirmados. Até o dia 4 de maio de 2018, das 404 suspeitas notificadas, 121 eram, comprovadamente, de H1N1, o que se soma ao alarmante dado de 320% de aumento no número de mortes (21 óbitos) por H1N1 em relação a todo o ano de 2017 (5 óbitos). Em seguida, o boletim epidemiológico de 18 de maio confirmou 32 óbitos e 185 casos de SRAG por H1N1, sendo Capital e Região Metropolitana as de maior incidência. O último boletim, lançado em 1° de junho de 2018, fechou em 266 o número de casos de SRAG por influenza A H1N1 até a data, sendo, apenas em Fortaleza, 238 casos confirmados de SRAG por influenza (independente do subtipo), com 26 óbitos. Percebe-se, assim, um alarmante crescimento nas notificações de H1N1 durante o período estudado. Por isso, as estratégias adotadas pela Secretaria de Saúde para atenuar a transmissão englobam dois âmbitos: a vacinação (sendo Fortaleza a segunda capital em números de cobertura vacinal do país) e as vigilâncias de síndrome gripal e de SRAG. Tais ações mostraram eficácia, tendo em vista a redução nos reportes de casos de SRAG observada durante as duas últimas semanas de maio. No entanto, ainda é necessário o acompanhamento contínuo dos boletins lançados pela Secretaria de Saúde para que se confirmem os resultados positivos da estratégia em vigilância e prevenção adotada para expandi-la a outras regiões tropicais sujeitas à situação.

Palavras-chave: Epidemia, Epidemiologia, Imunização, Síndrome Respiratória Aguda Grave, Vírus da Influenza A Subtipo H1N1.



Palavras-chaves:  Epidemia, Epidemiologia, Imunização, Síndrome Respiratória Aguda Grave, Vírus da Influenza A Subtipo H1N1