IMPACTO CLÍNICO DA ESTRATÉGIA ESCORE SEGUIDO DE BACILOSCOPIA OU DE XPERT MTB/RIF NO DIAGNÓSTICO DE TB PULMONAR EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA SECUNDÁRIA NO RIO DE JANEIRO
CAROLYNE LALUCHA ALVES LIMA DA GRAÇA1, KATHRYN LYNN LOVERO1, JAQUELINE OLIVEIRA1, ADRIANA DA SILVA REZENDE MOREIRA1, MAYLA GABRYELE MIRANDA DE MELO 1, ANNA KARLA ALMEIDA SILVEIRA1, ELISANGELA COSTA DA SILVA1, MARTHA MARIA OLIVEIRA1, AFRANIO LINEU KRITSKI1
1. UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2. UCLA - University of California Berkeley, 3. CMS AUGUSTO DO AMARAL PEIXOTO - Policlínica Augusto Amaral Peixoto, 4. CMSDC - CMS Duque de Caxias, 5. IFRJ - CAMPUS RIO DE JANEIRO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 6. UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 7. FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz
laluchacarolyne@gmail.com

O teste molecular Xpert MTB/RIF (Xpert) foi recomendado para uso no diagnóstico de tuberculose pulmonar (TBP), mas são escassos os dados sobre o impacto clínico de sua incorporação em condições de rotina, em países com alta carga de tuberculose. O present estudo teve por objetivo, analisar o impacto clínico do escore clínico (EC) seguido de baciloscopia (BAAR) ou de Xpert em amostra de escarro espontaneo, durante a rotina de investigação diagnóstica de TBP. Num estudo prospectivo realizado num Centro de Saúde no Rio de Janeiro, por meio do EC, identificamos 434 casos de provável TBP, , no período de abril de 2012 a outubro de 2013. BAAR e/ou Xpert foram utilizados nas três etapas: P1= BAAR e/ou Xpert, P2= apenas Xpert e P3: apenas BAAR. Entre sujeitos arrolados, TB ativa foi identificada em  141 (32,4%) pacientes.  A sensibilidade da BAAR no P1 e P3 foi respectivamente de 70,4% e 77,8% e do Xpert no P1 e P2 de 86,5% e 84,8%. Nas etapas P1, P2 e P3, o tempo em dias entre a triagem e o recebimento do resultado pela equipe de saúde foi respectivamente de 6; 11 e 7. O tempo entre a triagem e início do tratamento de TB foi significativamente menor na etapa P1 (7 dias) e P3 (8 dias) quando comparado com a etapa P2 (14,5 dias) (p<0,001). Não houve diferença entre os desfechos de tratamento da TB nas 3 etapas. Conclusão: Por meio do escore clínico, observou-se que, a adoção do Xpert, apesar de apresentar maior rendimento diagnóstico, resultou em retardo no início do tratamento anti-TB em comparação com o uso do BAAR.



Palavras-chaves:  Tuberculose pulmonar, Escore clínico, baciloscopia, Xpert