Infecção assintomática por Leishmania em pacientes com HIV-AIDS
EDENEIDE MARIA XAVIER 1,2, AMANDA VIRGINIA BATISTA VIEIRA1,2, LUIZA YEDA LINS DE SOUSA1,2, LUCAS PORTELA SILVA1,2, ALDA MARIA JUSTO1,2, RODRIGO FELICIANO DO CARMO1,2, NATÉRCIA GOMES FRANÇA1,2, LAÉRCIO RIBEIRO MEDEIROS1,2, FABIO LOPES DE MELO1,2, MANOEL SEBASTIÃO DA COSTA LIMA JÚNIOR1,2, ZULMA MARIA DE MEDEIROS1,2
1. UPE- PE - Universidade de Pernambuco, 2. IAM -FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães, 3. UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco
edeneide@gmail.com

A leishmaniose visceral (LV) é considerada um grave problema em saúde pública em todo mundo e quando não tratada pode levar a óbito. Essa enfermidade é muito prevalente no Nordeste do Brasil. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram o surgimento da LV em mais de 60 países e desses, 34 relataram a coinfecção com o vírus de imunodeficiência humana (HIV). No Brasil ainda há poucos relatos sobre a leishmaniose visceral em pessoas convivendo com HIV/aids. Estudos apontam que a infecção poderá ficar latente por muitos anos e surgir clinicamente com avanço da imunodeficiência. É observado que casos subclínicos da infecção são frequentes em pacientes portadores do HIV. O diagnóstico é um grande desafio, onde a imunossupressão pode causar alterações em testes sorológicos e parasitológicos. O tratamento é, na maioria das vezes, baseado em suspeita clínica, uma vez que, os métodos diagnósticos existentes ainda são pouco eficazes principalmente para casos assintomáticos. Logo, técnicas moleculares são cada vez mais utilizadas para diagnosticar coinfectados, por se tratar de uma metodologia eficaz, segura e rápida. O objetivo desta pesquisa foi identificar DNA de Leishmania spp. em amostras de sangue periférico de pacientes LV/HIV-AIDS. Foram analisadas 427 amostras sanguíneas periférico de pacientes com HIV-AIDS de uma localidade hiperendêmica para LV em Pernambuco. Essas foram submetidas a extração de DNA a PCR convencional com os seguintes primers 150 (sense)/152 (antissense), que amplificam um fragmento de 120pb de uma região conservada do minicírculo kDNA para todas as espécies de Leishmania. O outro par de primers, gênero especifico foi LITSR(sense)/L5.8S (antissense), esses iniciadores amplificam a região ITS1 (internal transcribed spacer1) estimada em  330 a 350pb dependendo a espécie. Para detecção da espécie-especifica foi utilizado os primers FLC2/RLC2 que amplificam um fragmento de aproximadamente 230 bp de L. infantum. Das amostras estudadas três positivaram para o s primers 150/152 e confirmadas para LV pelos primers FLC2/RLC2. Todas as amostras obtiveram resultado negativo com a PCR LITSR/L5.8S. Diante esses resultados podemos concluir que a infecção assintomática por Leishmania em pacientes com AIDS deve ser acompanhada com atenção principalmente se o indivíduo provém de área endêmica para as leihmanioses.



Palavras-chaves:  Diagóstico, HIV/AIDS, Leishmania Visceral