ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM ALAGOAS DIRECIONADA PARA AS DOENÇAS TROPICAIS |
Segundo a Organização Mundial de Saúde-OMS o Brasil é um dos países que apresenta maior frequência para nove, entre as das dez principais doenças tropicais, entre elas, leishmanioses, hanseníase, esquistossomose, doença de Chagas e tuberculose, que ocorrem em todo o território brasileiro. O presente estudo relacionou a frequência dos casos de leishmanioses, hanseníase, esquistossomose, doença de Chagas e tuberculose na cidade de Maceió, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN, no período de 2013 a 2017 e correlacionou com a produção acadêmica e científica de uma Instituição de Ensino Superior-IES, localizada em Maceió. O objetivo do estudo consiste em apresentar as principais doenças negligenciadas em Maceió, e o quantitativo de pesquisas acadêmicas direcionadas para este tema. Trata-se de um estudo realizado no banco de dados da Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas e no Departamento de Pesquisa IES, nos últimos 4 anos. Diante da análise dos resultados, identifica-se um aumento considerável no número de frequências para as doenças relacionadas, registrando um total de 3908 novos casos. O maior percentual, 80% dos registros corresponde a novos casos de tuberculose. Em contrapartida, identificamos um aumento no número de pesquisas acadêmicas direcionadas na área da saúde, no mesmo período. No entanto, nos anos de 2014 e 2015 não foram realizadas nenhuma pesquisa voltada para as doenças negligenciadas (DN). Entre os anos de 2016 houve uma produção de pesquisas científicas na área da saúde de 22% e em 2017 50%; em ambos os anos as pesquisas voltas para as DN ficaram a baixo dos 10%. E apenas uma pesquisa direcionada para a Tuberculose. A prerrogativa é de que mesmo com uma ampla produção acadêmica e com a frequência relativa de novos casos registrados, o tema não interessa aos pesquisadores, uma hipótese é de que a produção nacional acompanhe a mesma projeção. E efetivamente, diminua a probabilidade de novos medicamentos e novas terapias para o tratamento. Assim, após esta etapa, o estudo continua tomando como parâmetros os indicadores de produção acadêmica nacional. |