DESCRIÇÃO DE DOSES DISTRIBUÍDAS DA VACINA FEBRE AMARELA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE E DOSES REGISTRADAS NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES, NO ANO DE 2017, BRASIL. |
Introdução: A febre amarela é uma doença grave com letalidade que varia entre 20% a 50%. É uma doença reemergente, prioridade em saúde pública no Brasil e em 13 países das Américas que são consideradas áreas endêmicas. A vacina febre amarela (VFA) está indicada para residentes ou viajantes às áreas com recomendação de vacinação (ACRV) e contenção de surto, sendo distribuída mensalmente em todo o território nacional. Atualmente, as ACRV são 4.266 municípios, sendo todos os municípios das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste; os municípios do Maranhão e Bahia e alguns municípios dos estados do Piauí (57), Paraná (363), Santa Catarina (162) e Rio Grande do Sul (463), Sergipe (1) e Alagoas (1). No ano de 2017 foi registrado o maior surto da história recente de febre amarela com concentração de casos na região Sudeste do país o que demandou robusta vacinação na referida região. Objetivos: Descrever as doses da vacina febre amarela (VFA) distribuídas pelo Ministério da Saúde (MS) e as doses registradas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Material e Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, considerando as doses distribuídas da vacina pelo MS e as doses registradas no SI-PNI, nas cinco regiões do país, no ano de 2017. Resultados: Em 2017 foram enviadas pelo MS, 45.022.635 de doses da VFA às regiões do país, sendo: 2,4 milhões para região Norte; 4,9 milhões, Nordeste; 33 milhões, Sudeste; 2,5 milhões, Sul e 2,1 milhões, Centro-Oeste. Foram registrados no sistema de informação, o quantitativo de 22.888.448(50,8%) de doses da VFA. Em relação às doses distribuídas pelo MS houve um percentual de aproveitamento destas de, 52,7%, 49,9%, 48,1%, 45,3% e 40,7 nas regiões Sudeste, Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sul, respectivamente. Discussão: A vacinação contra febre amarela no país é uma estratégia eficaz para proteger os indivíduos contra a doença. Observou-se um quantitativo maior de doses distribuídas pelo MS em relação às doses registradas no SIPNI. Recomenda-se intensificar o monitoramento e avaliação da vacina disponibilizada, no intuito de otimizar o uso e identificar os possíveis motivos de perdas do imunobiológico. |