Situação epidemiológica da coqueluche em Pernambuco, 2016
ANA CATARINA DE MELO ARAUJO1, TÂMARA RAQUEL RIBEIRO DE SOUZA1, MARIA SANDRA ANDRADE1, AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA1
1. SES PE - Secretária Estadual de Saúde de Pernambuco, 2. UPE - Universidade Estadual de Pernambuco, 3. SMS - Secretaria de Saúde do município do Recife, 4. UFPE CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA - Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória
acmelo07@gmail.com

Introdução: A coqueluche é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Bordetella pertussis . Os mais acometidos pela doença são lactentes e crianças menores que tendem apresentar quadros com maior gravidade. Desenho do Estudo : Foi realizado um estudo de corte transversal. Métodos: Foram incluídos os casos notificados para coqueluche no ano de 2016, no estado de Pernambuco. A fonte de dados foram os bancos de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação e do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações. A situação do agravo foi caracterizada segundo semana epidemiológica de início dos sintomas, faixa etária, município de residência, classificação dos casos em confirmados e descartados, situação vacinal dos casos e cobertura vacinal. Resultados: Dos 492 casos notificados suspeitos de coqueluche, 161 (32,7%) foram confirmados e destes todos evoluíram para cura sem nenhum registro de óbito, com maior frequencia entre a 14ª e 27 semana epidemiológica. A faixa etária dos menores de 6 meses concentrou 61% dos casos. A cobertura vacinal para crianças foi de 94,3% com uma heterogeniedade de 50% entre os municípios,  entretanto a vacinação de gestantes está  abaixo do preconizado (44%) onde só 7 municípios atingiram meta, e estes estão distribuidos na região metropolitana e  agreste do estado, deixando as crianças menores de 6 meses mais expostas ao adoecimento. Discussão: A coqueluche apesar de ser uma doença imunoprevenivél ,ainda persistem a ocorrência de surtos e casos ao longo dos anos . Conclusão: Para a redução dos casos de coqueluche é importante manter as coberturas vacinas elevadas e homogenias para crianças, vacinar as gestantes, manter uma vigilância atuante e no futuro implantar a vacina dTpa para os adolescentes e reduzir cada vez mais a circulação da Bordetella pertussis.



Palavras-chaves:  Coqueluche, Vigilância epidemiológica, Imunização