MICOBACTERIOSE ATIPICA (MNT) EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA: NOVO DESAFIO
ANA ANGÉLICA BULCÃO PORTELA LINDOSO 1, VALTER AMORIM1, MARICY BUSICO1, AGLAÉ GAMBIRASIO1, ADALBERTO ANTUNES1, CARINA OMURA1, ERICA CHIMARA1, LUCILENE TENÓRIO1
1. ICF - Instituto Clemente Ferreira, 2. IAL - Instituto Adlf Lutz
anaangelica.bulcao@gmail.com

As novas técnicas diagnósticas possibilitaram que conhecêssemos novas micobacterias, entretanto o manejo destas infecções ainda é deficiente. O Instituto Clemente Ferreira (ICF) recebe muitos pacientes com diagnóstico de MNT. Para a Instituição é importante conhecer o perfil das MNT, para trabalhar da melhor forma possível a este novo desafio. Objetivamos relatar de forma descritiva o perfil demográfico, as espécies de MNTs, os sítios de infecção, os tratamentos e o desfecho final, para isto foi utilizado as informações dos prontuários dos pacientes matriculados no ICF entre 2008 até 2013. Em um total de 90 casos, observamos que 54% eram do gênero masculino e 46% feminino; 77% brancos; 7% pardos; 7% negros; 2,8% amarelos. Em relação a estado civil 45% eram casados, 34,5% solteiros e 20,5% outros; A distribuição da faixa etária foi a seguinte 31-40 anos (25%); 41-50 (19,5%); 51-60 (20,5%); 61-70 (17%) ≥ 70 anos (18%). O comprometimento pulmonar ocorreu em 91%; extra pulmonar 5,5% e ambos em 3,5%. Tosse foi a queixa mais frequente com 82%; perda de peso (52%); febre (43,3%); tosse associada a febre (40%); tosse associada a perda de peso (44%). Encontramos 6,6 com HIV positivo; 4,5% DM e 49% com história prévia de tuberculose. O escarro fez o diagnóstico em 70% dos casos e destes 66,6% realizaram apenas 1 amostras  e 28,5% duas amostras. O lavado brônquio alveolar fez diagnóstico em 22,2% e a biopsia em 3,3%; o Raio X de tórax mostrou-se alterado em 91%. O tempo de tratamento realizado: <12 meses (34,5%); 12-18 meses (35,5%); 18-24 (15,5%); > 24 meses (8,8%); 5,5 % sem tratamento. A cura ocorreu em 72,2%; óbito em 7,7%; abandono em 18,8%. Diversos esquemas foram utilizados entanto 35,5% fizeram uso da rifampicina (RMP), etambutol (ETB), isoniazida (INH); 16,6% claritromicina (Clat),RMP, ETB; 10% usaram Clat,INH,RMP,ETB; os outros 37% estavam associados a alguma quinolona ou injetável. O M. kansassi foi isolada em 52,5%; MAC isolada em 27,7%, e associada a outra MNT em 6,6%; M.fortuitum (3.3%); M. peregrinun (4,4%); M. Chimarae ( 5,5%); M. Gordonae (3,3%); M. massiliense (2%); M. abscessus (3%). No ICFé recente o tratamento das diferentes espécie de MNT, e como referencia é importante construirmos através da nossa experiência  condutas diagnósticas e de tratamentos para as MNT.

Palavra chave: Micobacteriose atípica; tratamento de MNT; diagnostico



Palavras-chaves:  Micobacteriose atípica, tratamento de MNT, diagnostico