AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TESTE RAPIDO MOLECULAR REALIZADOS NO ICF NO PERIODO DE 3 ANOS |
A TBMR tornou-se um grande problema de saúde pública impondo a necessidade de novas técnicas que possam oferecer um diagnóstico mais rápido. O teste rápido molecular (TRM) é uma alternativa. Descrever os resultados dos TRM e teste de sensibilidade realizados no ICF entre janeiro de 2015 a maio de 2018 é o objetivo deste trabalho. O estudo é descritivo e retrospectivo . Foram analizados os resultados dos exames de TRM realizados neste período e dos teste de sensibilidade (TS) das mesmas amostras, utilizando-se da data da coleta registrada para os dois testes. Os dados analizados foram a presença de DNA do M. tuberculosis e o resultados de resistência a droga. Neste período foram testadas para TRM 6.517 amostras das quais 456 (7%) registraram DNA detectado na maquina. Destes 456; 22% (100) das amostras foram resistentes a rifampicina (RMP);77% (351) sensível a RMP; 0,8% (4) indeterminados e 0,2% (1) erro. Dos 100 TRM resistentes apenas 65 (65%) fizeram o TS, e destes 65, 57 (57%) amostras foram testadas simultaneamente para TRM e TS. Destas 57 amostras 29 amostras (50,8%) foram concordantes em relação ao resultado com resistência tanto no TRM como TS e 28 (49,2%) foram discordantes com TRM resistente e TS sensível a RMP. E dentre os concordantes o TS mostrou que 89,6% destas amostras eram resistentes também a isoniazida. A nossa frequência de discordância entre os testes é alta no entanto é preciso avaliar melhora as causas destas divergências, como mutações silenciosas, cluster ou erros em quantidade de material para a realização adequada do TRM. No entanto nossa concordância em relação a resistência de rifampicina estar associada em grande parte a resistência da isoniazida nos indica a importância de indicar o tratamento para MDR em pacientes RR não retardando o momento, podendo assim não só melhorar taxas de cura como adesão. Palavra chave: Teste rápido molecular; TBMR; Teste de sensibilidade |