QUALIDADE DOS REGISTROS DE ENFERMAGEM PARA A ATENÇÃO AOS CASOS DE TUBERCULOSE EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
REBEKA INGRID DO NASCIMENTO ALVES SERAFIM1, DÉBORA RAQUEL SOARES GUEDES TRIGUEIRO 1, GLAYDES NELY SOUZA DA SILVA1, JORDANA DE ALMEIDA NOGUEIRA1, SANDRA APARECIDA DE ALMEIDA1, ANNE JAQUELINE ROQUE BARRÊTO1
1. FACENE - Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, 2. UFPB - Universidade Federal da Paraíba, 3. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
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Dentre as atribuições do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde no controle da tuberculose, compete o registro de enfermagem que consiste em um documento no qual se descreve as ações exercidas por esses profissionais por meio de anotações que retratam a realidade do cuidado prestado e estado do usuário. Contudo, é notório que existam dificuldades em realizar esses registros por negligência do profissional ou sobrecarga de demandas de atividades nos serviços de saúde, tornando-se um problema na assistência de enfermagem, em que a não realização ou as fragilidades desse procedimento traz prejuízos para a assistência prestada e para as instituições de saúde. Devido à essas dificuldades, objetivou-se avaliar os registros de enfermagem nos serviços de atenção primária para gestão do cuidado à tuberculose.  O desenho do estudo foi documental retrospectivo com abordagem quantitativa, realizada em Unidades de Saúde da Família que compõem um dos cinco distritos sanitários do município de João Pessoa-PB. A coleta de dados incluiu os registros de acompanhamento dos usuários no período de 2012 a 2017, contemplando-se uma amostra de 30 documentos. Os resultados mostraram que 83,3% dos registros não tinham hora, 6,6% apresentavam alterações com o uso de corretivo e linhas em branco e 33,3% não continham a efetuação da notificação compulsória. Ainda considerando os dados dos documentos, verificou-se que 43,3% dos enfermeiros não se preocuparam em registrar a busca ativa dos comunicantes, 96,7% não orientaram quanto a prevenção, monitoramento de exames de baciloscopia e raio x, como também 86,7% não enfatizaram a importância da alimentação e comunicantes, 53,3% não instruíram ou não registraram a forma correta da tomada da medicação e suas possíveis reações adversas e 93,3% dos enfermeiros não realizaram a visita domiciliar. Como potencialidades, observou-se que 96,7% dos profissionais realizaram a evolução de enfermagem e 76,7% o exame físico para verificar peso, altura e índice de massa corpórea a fim de regular a dosagem da medicação. Foi possível constatar que muitas são as fragilidades inerentes ao processo de documentação da assistência prestada, ressaltando a necessidade de registros fidedignos as informações do usuário bem como da assistência prestada. Conclui-se, portanto, que os profissionais de enfermagem anotem de forma correta os registros para o reconhecimento de uma boa atuação profissional e gestão do cuidado ao portador da tuberculose.



Palavras-chaves:  Enfermagem, Gestão em Saúde, Registros de Enfermagem, Tuberculose