VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE FEBRE CHIKUNGUNYA EM REGIÕES E MUNICÍPIOS DA BAHIA: USO DA FERRAMENTA FORMSUS-DATASUS PARA BUSCA ATIVA DE CASOS SUSPEITOS, 2014-2015
JESUINA DO SOCORRO MENDES CASTRO JESUINA CASTRO1, HÉLDER SILVEIRA COUTINHO1, ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE ALCINA ANDRADE1
1. SESAB/ SUVISA/ DIVAST - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA/ Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde/Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador, 2. NRS-CENTRO NORTE/ SESAB - Núcleo Regional de Saúde Norte. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, 3. HU-UNIVASF - Hospital Universitário – Universidade Federal do Vale do São Francisco, 4. FBDC - Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências.
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O primeiro caso notificado de Febre Chikungunya na Bahia, pelo município de Feira de Santana, foi confirmado laboratorialmente em 20 de setembro de 2014. A partir da comunicação do risco e do alerta estadual, dentre outras diversas estratégias, foi implantada uma busca ativa especial, notificação imediata (24h) e monitoramento de casos suspeitos com objetivo de garantir a oportunidade das medidas prevenção e controle da transmissão, conter a magnitude, evitar a propagação explosiva e as complicações da doença na população de mais de 2 milhões de suscetíveis habitantes da região centro leste do estado, dos quais mais de 250 mil mulheres residentes na sede da região. A busca ativa foi implantada mediante capacitação para as 30 regionais de saúde. O formulário utilizado, após padronização e teste, inicialmente físico, foi digitalizado no FormSus-Datasus, para registro consolidado de 28 variáveis relativas à notificação diária positiva e ou negativa de casos suspeitos pelos municípios. Após crítica, ajustes e providências pertinentes do técnico de referência identificado e capacitado, os dados obtidos da semana anterior, mediante validação e consolidação prévias eram transmitidos semanalmente as terças-feiras, por meio de e-mail específico ou fax, das regionais para vigilância epidemiológica estadual. Ao concluir a análise das matrizes regionais digitalizadas e fazer as consultas necessárias, as referências técnicas da vigilância epidemiológica central para cada região, as encaminhavam imediatamente por e-mail para sistematização e monitoramento epidemiológico regional pela área técnica de dengue/ chikungunya para conferir e adotar as intervenções de controle recomendadas. O acompanhamento da evolução da situação epidemiológica pelo grupo do trabalho envolvendo os demais órgãos estaduais da vigilância em saúde, redes de atenção à saúde, gestão do cuidado e assistência farmacêutica era realizado semanalmente. Até dezembro foram notificados 2.073 casos suspeitos e 1.225 (59%) confirmados em 86 municípios. A mudança da regionalização para de 31 para 9 macrorregiões e seus efeitos a execução das ações e sobre os recursos humanos em todos os níveis de gestão influenciou o desempenho e a efetividade da intervenção. Os resultados observados indicam que é possível limitar a propagação do vírus Chikungunya por meio da implantação busca ativa semanal de casos contribuindo para estruturação da resposta.



Palavras-chaves:  epidemiologia, métodos, prevenção e controle, arboviroses