ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA FREQUÊNCIA DE CASOS DE MALÁRIA IMPORTADA E AUTÓCTONE, NO QUINQUÊNIO 2013 – 2017 NO ESTADO DO PIAUÍ - BRASIL.
¹MAURO FERNANDO BARBOSA CHAGAS1, ¹JULIO CEZAR DA SILVA BARROS1, ¹ANTONIO CARLOS DOS SANTOS1, ¹FLORENTINO ALVES VERAS NETO1, ¹TATIANA VIEIRA DE SOUZA CHAVES1, ¹TELMO GOMES MESQUITA1, ¹HERLON CLÍSTENES LIMA GUIMARÃES1, ¹CRISTIANE MARIA FERRAZ DAMASCENO MOURA FÉ1, ¹FRANCISCA MIRIANE DE ARAÚJO BATISTA1, ¹FRANCISCO ASSIS BORGES MORAES1, ¹MARIA AMÉLIA OLIVEIRA COSTA1, ¹CÍNTIA RAMOS CUNHA1, ¹REJANE MARIA SOBRINHO SOUZA1, ¹FRANCISCO MARQUES CARNEIRO NETO1
1. SESAPI - Secretaria de Estado da Saúde do Piauí
mauropiaui@yahoo.com.br

Introdução: A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários e transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles. O Brasil apresenta quase todos os casos na Amazônia legal, porém com registro de transmissão ocasional na região Extra - Amazônica. O Piauí, considerado como uma área livre da transmissão da doença tem apresentado surtos ocasionais de malária, desde os anos 2000. Objetivo : O presente trabalho tem como objetivo, promover análise epidemiológica dos casos de malária do último quinquênio, para compreender a sua dinâmica e recomendar medidas de prevenção. Material e Métodos: Foram analisados os dados de notificação e investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e  relatórios técnicos da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). Resultados e Discursão: No período de 2013 a 2017, foram notificados 1.013 casos suspeitos de malária, sendo 178 positivos, destes, 39,8% foram importados de 08 países, sendo os de maior relevância, a Guiana Francesa com 15,6% dos casos, e a Guiana, com 14% dos casos. Os casos oriúndos do Brasil, foram de 60,2%, sendo: 19,6% de origem no Piauí, e 80,3% de outros estados. Os casos por P. vivax foram 64,4%  e por P. falciparum foram 24,7%. A faixa etária mais atingida foi de 20 a 34 anos, com 26,7% das notificações, com predominância de casos no sexo masculino, 54,1%. Conclusão: A análise epidemiológica dos dados, mostra que o Piauí, sofre pressão para o restabelecimento da malária, tanto de estados da região amazônica brasileira, quanto de outros paises. A distribuição geográfica de mosquitos vetores no território piauiense, como o An. darlingi , potencializa o risco do restabelecimento da malária como endemia. Assim, faz-se necessário a intensificação da vigilância epidemiológica de nível estadual e municipal, das atividades educativas e preventivas, direcionadas aos trabalhadores que se dirigem para fora do estado e do país em busca de trabalho, por parte das secretarias de saúde dos municípios, mesmo sem notificação de casos, visando à conscientização desses trabalhadores, para a adoção de medidas preventivas, objetivando a redução dos casos importados, melhorando o atendimento, e diminuindo sensivelmente o risco de ocorrência da malária autóctone no estado.



Palavras-chaves:  Autoctonia, Malária, Plasmodium, Piauí, Vigilância