ANÁLISE ESPACIAL DO ESCORPIONISMO NA BAHIA, BRASIL |
O escorpionismo ou acidente por escorpião é um dos agravos de maior ocorrência na Bahia e no Brasil. O reconhecimento da distribuição do risco de novos casos representa uma informação crucial para proposição de medidas de prevenção e tratamento da população acidentada. Sendo assim, foram investigadas as macrorregiões e áreas de auto correlação espacial de risco de novos casos para o escorpionismo na Bahia (2007-2014). Os dados de casos por município foram obtidos da base de dados de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) no período de 2007 e 2014. Trata-se de um estudo de dados agregados cujas unidades de análise foram os municípios da Bahia. O número de casos notificados ao SINAN foi obtido a partir da base de dados do site DATASUS. Dados populacionais foram extraídos da base do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir da incidência acumulada do escorpionismo (2007-2014) por macrorregiões de saúde e municípios, verificou-se áreas de risco e de autocorrelação espacial com base no teste de Kruskal-Wallis e Índices de Moran. Tais etapas foram processadas no programa Stata 12.0. Foram notificados 72.079 casos (60,8/100.000 hab.) na Bahia (2007-2014). A macrorregião Sudoeste deteve maior risco para tal agravo (1805,4/100.000 hab.) cuja autocorreção espacial foi corroborada pelo Índice de Moran (p<0,05). Existem clusters de hotspots para o escorpionismo na Bahia que demonstram o maior risco do agravo na macrorregião de saúde Sudoeste, sendo este um importante local a ser considerado no planejamento de ações voltadas para a prevenção e tratamento do escorpionismo. |