REFLEXÕES PARA O CUIDADO CENTRADO NA FAMÍLIA E PESSOA VIVENDO COM HIV/AIDS |
Introdução: A importância da participação da família no cuidado ao paciente e a necessidade de agregação no processo de hospitalização, é um eixo importante do cuidado centrado no paciente. O termo Cuidado Centrado no Paciente e Família (CCPF) surgiu no Brasil em meados de 1990, porém, atualmente as práticas de saúde , advém do modelo centrado na doença, sendo assim o Ministério da Saúde iniciou ações para a reorientação do modelo assistencial. Objetivo: Inferir reflexões para o cuidado centrado na família e pessoa convivendo com HIV/AIDS. Desenho do estudo: Estudo qualitativo, descritivo através de uma revisão bibliográfica. Métodos: Revisão integrativa com a questão norteadora: “Quais as evidências disponíveis para o cuidado centrado na familia e pessoa vivendo com HIV/AIDS ?”. As buscas ocorreram na base de dados PubMed, com os descritores: “family-centered care and AIDS”. Os artigos selecionados foram lidos na integra por dois pesquisadores, para a coleta e análise dos dados. Resultados principais: Inicialmente foram encontrados 44 artigos, após leitura dos títulos e resumos, 06 foram selecionados, sendo 04 artigos provenientes dos Estados Unidos da América, e 02 da África. As reflexões realizadas, inferem que o modelo do CCPF é reforçado como ferramenta que melhora: 1) a comunicação e tomada de decisão; 2) na qualidade de vida; 3) e minimiza a utilização desnecessária dos serviços de saúde. Algumas pesquisas ocorreram com familiares de pacientes em cuidados paliativos, as quais potencializaram a família como tomador de decisão substituto e forneceram suporte necessário mediante a morte. Outras resultaram na implementação e subsídio da família de crianças e adolescentes vivendo com HIV/AIDS, influenciando no bem estar, condições de vida e desenvolvimento das potencialidades das crianças e adolescentes e melhor manejo dos cuidados prestados pelos dos familiares. Discussões e conclusões: Os artigos analisados evidenciam ações isoladas, mas reforçam o CCPF como de grande importância no atendimento de famílias e pacientes convivendo com HIV/AIDS. Infelizmente no Brasil o CCPF está em fase inicial, sendo assim necessita de muitas pesquisas e mudanças nas política públicas, para tornar-se realidade na atenção a saúde e uma política de serviço. Este modelo empodera o paciente e família através do aprendizado, apoiando a redução do abandono de tratamento e reinternações. |