PERFIL DE NOTIFICAÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO PIAUÍ
JONAS ALVES CARDOSO 1, ANDRÉ FELIPE DE CASTRO PEREIRA CHAVES1, TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAÚJO1, OLIVIA DIAS DE ARAÚJO1, ELIRACEMA SILVA ALVES1, HERLON CLISTENES LIMA GUIMARÃES1, KARINA ALVES AMORIM DE SOUSA1, LUCIANA SENA SOUSA1, WALQUIRIA MARIA PIMENTEL SANTOS LOPES1
1. UFPI - Universidade Federal do Piauí, 2. SESAPI - Secretária de Saúde do Piauí
JNSCARDOSO@HOTMAIL.COM

Introdução: A Doença de Chagas é uma patologia de grande importância para a saúde pública. Ainda no cenário atual, a patologia mobiliza o setor da ciência, pesquisa e tecnologia em prol de novas descobertas na área. Trata-se de uma doença transmitida por mais de 300 espécies do mosquito vetor – ‘’barbeiro’’ – dentre as quais podemos destacar o Triatoma infestans, Rhodnius prolixus e Panstrongylus megistus. É uma doença com predominância nas regiões tropicais, largamente disseminada em países americanos, com destaque ao Brasil. Nota-se que as distorções econômicas e regionais são fatores que influenciam fortemente a expansão em grande escala dessas protozooses. Aspectos como: clima, relevo, vegetação, conjuntura social, econômica e política agem de forma decisiva para a deficiência da qualidade de vida da população. Portanto, a parasitose em estudo trata-se de uma doença negligenciada, que requer a conscientização da população e do poder público em prol de melhorias sociais. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico de casos da doença de chagas notificados no Estado do Piauí no período de 2007 a 2016. Método: Estudo epidemiológico descritivo, baseado em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan. Os dados foram coletados junto a Secretária Estadual de Saúde do Piauí. Foi preservada/excluída a identidade das pessoas diante das informações coletadas . Resultados: Avaliou-se o perfil de 91 casos confirmados da doença de chagas em todo o Estado do Piauí. Dentro deste período prevaleceu a notificação de pessoas do sexo feminino (56,04%), etnia parda (53,85%), grau de instrução com ensino fundamental incompleto (49,45%), residentes na zona rural (49,45%) e exercendo atividade de trabalho em agropecuária em geral (30,77%). Quatro pessoas (4,40%) estavam em período gestacional. Conclusão: Faz-se necessário o fortalecimento e ampliação de ações que visem o enfrentamento da doença como problema de saúde que afeta os campos sociais, econômicos e psicológicos e que alcance as metas propostas pelo Objetivo 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) para assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar a todos. O presente estudo revelou as altas taxas de pessoas infectadas com Chagas, na qual grande maioria são pessoas com pouca baixo grau de instrução. O fraco investimento no setor sanitário corrobora para a grande incidência dos casos de morbimortalidade causados pelo agravo.



Palavras-chaves:  Doença de Chagas, Epidemiologia, Doença de Notificação Compulsória