ANÁLISE DAS FORMAS DE CONTAMINAÇÃO PELA DOENÇA DE CHAGAS |
A doença de Chagas representa uma condição infecciosa (com fase aguda ou crônica) classificada como enfermidade negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). É uma zoonose que tem como agente etiológico o protozoário monoflagelado Trypanosoma cruzi. A transmissão da doença de Chagas pela via vetorial é considerada o mecanismo de maior relevância epidemiológica. Porém, no Brasil e em vários países da América Latina a principal via de transmissão em áreas urbanas é atualmente a via transfusional. O objetivo desta pesquisa é investigar as diversas formas de contaminação pela Doença de Chagas. O método utilizado foi um levantamento bibliográfico acerca da temática abordada. A literatura em questão foi obtida através de pesquisa nas bases de dados MEDLINE, LILACS, PUBMED e SCIELO. Foram utilizados os seguintes descritores: Doença de Chagas. Trypanosoma cruzi. Meio de contaminação. Em síntese, foram localizados 16.079 arquivos, em sequência foram utilizados os filtros de temporalidade, escolhendo apenas os referentes aos anos de 2010 a 2017, idioma português e inglês, textos disponíveis na íntegra, pesquisas em humanos e apenas no Brasil, com isso, foram escolhidos apenas 8 para a produção do presente estudo. As formas básicas de transmissão da doença de Chagas humana (DCH) correspondem à contaminação pelo vetor, à transmissão pela transfusão de sangue e à via congênita. Consideram-se alternativas as demais vias descritas como a via oral, por transplantes de órgãos e via acidental. São entendidas como excepcionais ou hipotéticas outras possibilidades como por via sexual, por contaminação através de outros vetores e por práticas esdrúxulas. Com os avanços no controle dos vetores domiciliares e rigorosa seleção de doadores de sangue em toda a área endêmica, as vias alternativas cresceram de importância. Inclusive, pelos fenômenos de globalização e migrações internacionais, têm oportunizado casos novos de DCH em países não endêmicos. Portanto, a mudança dos padrões epidemiológicos da doença no país demandou a necessidade de estruturação da Vigilância Epidemiológica de Chagas no país visando melhorias nas ações de prevenção e controle. O elevado percentual de casos com forma de transmissão ignorada na base de dados do Ministério de Saúde sugere fragilidade do processo de vigilância e indica a necessidade de melhorias na oportunidade das ações de vigilância no tocante à detecção e investigação de casos suspeitos. |