A UTILIZAÇÃO DO TEATRO PELOS AGENTES DE COMBATE DE ENDEMIAS DE PINHAIS, PARANÁ, BRASIL, COMO FORMA LÚDICA DE LEVANTAR OS PROBLEMAS E SOLUÇÕES PARA COMBATER O AEDES AEGYPTI.
MICHELE GARCIA MEDEIROS 1, CRISTIANE DA CONCEIÇÃO DE BARROS1, MADALENA APARECIDA GANANCIO1, KHENNYA SUELI CARREIRO RODRIGUES1, HELEN FRANCINE GREBOGGI1, ANGELA MARIA AMARAL1, ANA MARIA ROHRSETZER1, LOISI ALVES DE OLIVEIRA1, PEDRO GIOVANI SCHLIZINSKI1, RICARDO CESAR CARDOSO PINTO1, JONE ALDO POSNIK1, LEOCÁDIO CAMILO DE MEDEIROS1, RAFAEL LEON PORTELLA1, EDUARDO AUGUSTO VIEIRA WALGER1, GABRIELA SOUSA DE ANDRADE KOSTIUK1
1. UVZ/SMS/PR - Prefeitura Municipal de Pinhais - Secretaria Municipal de Saúde - Unidade de Vigilância de Zoonoses
uvz.pinhais@pinhais.pr.gov.br

A educação em saúde hoje nos permite trabalhar com diferentes ferramentas de comunicação com a população. O teatro tem todas as potencialidades para ser encarado como um veículo de conceitos científicos, técnicos, no qual a aprendizagem é feita de uma forma simples, lúdica e agradável. Ainda, se levado às escolas, possibilita o desenvolvimento pessoal, ampliando o desenvolvimento do espírito crítico e o exercício da cidadania. O objetivo deste trabalho foi à divulgação e a problematização dos cuidados que a população precisa ter para evitar que o Aedes se prolifere. Os agentes de combate de endemias do município de Pinhais, Paraná, Brasil propuseram então um teatro como método eficiente para divulgar as ações de controle e prevenção do Aedes . O grupo de teatro foi composto pelos 10 agentes de combates de endemias do município. A primeira etapa foi para pesquisa, discussão e elaboração do texto, onde os ACE´s expressaram suas idéias de como o tema poderia ser tratado de forma lúdica, pensando nos diálogos, personagens, figurinos e cenário. A segunda etapa foi à construção do cenário e figurinos. O cenário produzido foi móvel, permitindo assim que fosse levado para qualquer localidade, inclusive ambiente público. A peça “Todos contra o Aedes” narra à história de três crianças que brincavam próximos a suas casas que estavam sempre cheias de entulhos de recicladores e moradores locais. Após dias de chuva as crianças retornam para brincar e uma delas acaba sendo picada pelo Aedes aegypti e adoece. Durante o contexto a presença dos ACE´s e agentes de saúde orientando a população local não traz resultados e a conscientização da população só vem quando a criança é internada. No final da peça, a narradora traz o problema ao público, relatando que o descaso e a falta de cuidado nos ambientes propícios a proliferação do vetor traz uma série de problemas, mostrando que a responsabilidade para o combate é individual e para o bem do coletivo. Foi evidente que a arte do teatro científico ajudou na conscientização da população e foi uma ferramenta eficaz para transmissão de conhecimento, pois levou os conteúdos de uma forma mais contextualizada para os diversos expectadores. Esta modalidade de divulgação lúdica permitiu que alunos e a população em geral se tornem mais envolvidos com o problema e consequentemente tornam-se mais cautelosos, repercutindo assim a seriedade deste problema entre amigos e família, podendo repensar assim suas ações diretas ao meio ambiente.



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, agentes de combate de endemias, educação, prevenção, teatro