NEUROCISTICERCOSE EM GIRO FRONTAL SUPERIOR DO LOBO ESQUERDO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
CAMILA PEREIRA XAVIER 1, BRUNO PIRES AMORIM1, REBECA MALTA11, CAROLYNNE LOPES DE ASSIS1, MARIA ÉRICA RODRIGUES LIMA1, THAÍS DE ARAÚJO GALVÃO1, LÍVIA DHAYANY ALEXANDRE DA COSTA LIMA1
1. UNINASSAU - Universidade Maurício de Nassau, 2. FMO - Faculdade de Medicina de Olinda
camilinhapereiraxavier@gmail.com

A Neurocisticercose (NC) é uma importante infecção do sistema nervoso central (SNC) caracterizada pela alta morbidade e letalidade,ocasionada pela fase larvária da Taeniasolium. A NC representa um problema de saúde pública, comum nos países em desenvolvimento, estando associada a condições sanitárias precárias que propagam sua disseminação. Em geral, o tratamento é clínicoe preferível para lesões císticas em áreas não eloquentes, mas pode ser precisoa intervenção cirúrgica em alguns casos, apesar de não ser o do caso relatado. Atualmente, não há consenso na literatura científica quanto a melhor opção farmacológica utilizada para tratar a NC, em especial nos casos sem sintomas.Por isso, esse trabalho visa contribuir para as discussões médicas e científicas voltadas para descrição do diagnóstico precoce e prevenção dos impactos de sequelas; além da melhor opção de tratamento adotada para o paciente relatado.Esse trabalho é um relato de experiência de um paciente internado no Hospital Esperança no município de Recife-PE, no período de 04 a 13 de julho de 2018,26 anos,apresentando paroxismo de perda de consciência, seguido por queda de memória e traumatismo crânio encefálico (TCE) leve, cursando para crise tônico-clônica generalizada (CTCG) única e autolimitada.Na admissão hospitalar, foramsolicitadas análises laboratoriais, dentre estas, a de LCR e hemograma; tomografia computadorizada (TC) de crânio; eletroencefalograma (EEG); holter de 24h; ecodopplercardiogramatranstorácico e tiltetestpara diagnóstico diferencial.ATC de crânio na admissão hospitalar não apresentou evidências dehemorragia subaracnoídea ( HSA ) pós-traumática; de coleçõesextra-axiais e de contusões corticais/ fronto-basal. A TC mostrou uma imagem hipodensa frontal, posteriormente, o achado foi confirmado por ressonância magnética (RNM) de encéfalo, como presença de formação ovalada, cística, medindo 1,0 x 0,8 x 0,9 cm, associada a leve edema circunjacente.Iniciou-se o tratamentocom o uso combinado de Albendazol,Dexametasona e uso deDivalproato de Sódio como fármaco antiepiléptico. O paciente evoluiu assintomático, sem novas crises, mantendo o exame neurológico normal e voltando a realizar suas atividades habituais. A prevalência da NC ainda não está definida no Brasil, têm varias coleções de trabalhos regionais. Assim, deve-se enfatizar a importância da melhor forma terapêutica e diagnóstica, atentando ao diagnóstico diferencial de lesões neoplásicas.



Palavras-chaves:  Neurocisticercose, Convulsões, Edema Encefálico, Líquido Cefalorraquidiano, Síncope