NEUROCISTICERCOSE EM GIRO FRONTAL SUPERIOR DO LOBO ESQUERDO: RELATO DE EXPERIÊNCIA |
A Neurocisticercose (NC) é uma importante infecção do sistema nervoso central (SNC) caracterizada pela alta morbidade e letalidade,ocasionada pela fase larvária da Taeniasolium. A NC representa um problema de saúde pública, comum nos países em desenvolvimento, estando associada a condições sanitárias precárias que propagam sua disseminação. Em geral, o tratamento é clínicoe preferível para lesões císticas em áreas não eloquentes, mas pode ser precisoa intervenção cirúrgica em alguns casos, apesar de não ser o do caso relatado. Atualmente, não há consenso na literatura científica quanto a melhor opção farmacológica utilizada para tratar a NC, em especial nos casos sem sintomas.Por isso, esse trabalho visa contribuir para as discussões médicas e científicas voltadas para descrição do diagnóstico precoce e prevenção dos impactos de sequelas; além da melhor opção de tratamento adotada para o paciente relatado.Esse trabalho é um relato de experiência de um paciente internado no Hospital Esperança no município de Recife-PE, no período de 04 a 13 de julho de 2018,26 anos,apresentando paroxismo de perda de consciência, seguido por queda de memória e traumatismo crânio encefálico (TCE) leve, cursando para crise tônico-clônica generalizada (CTCG) única e autolimitada.Na admissão hospitalar, foramsolicitadas análises laboratoriais, dentre estas, a de LCR e hemograma; tomografia computadorizada (TC) de crânio; eletroencefalograma (EEG); holter de 24h; ecodopplercardiogramatranstorácico e tiltetestpara diagnóstico diferencial.ATC de crânio na admissão hospitalar não apresentou evidências dehemorragia subaracnoídea ( HSA ) pós-traumática; de coleçõesextra-axiais e de contusões corticais/ fronto-basal. A TC mostrou uma imagem hipodensa frontal, posteriormente, o achado foi confirmado por ressonância magnética (RNM) de encéfalo, como presença de formação ovalada, cística, medindo 1,0 x 0,8 x 0,9 cm, associada a leve edema circunjacente.Iniciou-se o tratamentocom o uso combinado de Albendazol,Dexametasona e uso deDivalproato de Sódio como fármaco antiepiléptico. O paciente evoluiu assintomático, sem novas crises, mantendo o exame neurológico normal e voltando a realizar suas atividades habituais. A prevalência da NC ainda não está definida no Brasil, têm varias coleções de trabalhos regionais. Assim, deve-se enfatizar a importância da melhor forma terapêutica e diagnóstica, atentando ao diagnóstico diferencial de lesões neoplásicas. |