ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTES NA MACRORREGIÃO DE PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2013 A 2017.
CAMILA PEREIRA XAVIER 1, AMANDA CAROLINE XAVIER DE LIMA 1, BRUNO AMORIM PIRES1, CAROLYNNE LOPES DE ASSIS1, CAMILLA ALVES PACAS DE OLIVEIRA1, FELIPE MANOEL DE OLIVEIRA SANTOS1, MARIA ÉRICA RODRIGUES LIMA1, REBECA MALTA1
1. UNINASSAU - CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU, 2. UPE - Universidade de Pernambuco, 3. UNIT - Universidade Tiradentes de Alagoas
camilinhapereiraxavier@gmail.com

A sífilis na gestação é um grave problema de saúde pública, responsável por altos índices morbimortalidade perinatal e resultar em seqüelas ao neonato. Sendo considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível(IST), de evolução crônica, causada pelo Treponema Pallidum.E apesar de possuir agente etiológico bem definido,e tratamentos com excelentes índices de cura, nota-se ainda índices elevados de incidência da doença, como o aumento de 65% de casos em gestantes da sífilis em Pernambuco.Dessa maneira, objetivou-se analisar a prevalência de sífilis em gestantes na macrorregião pernambucana no período de 2013 a 2017.O estudo trata da análise dos casos de sífilis na macrorregião de Pernambuco,sendo utilizado dados dos sites da Secretaria Estadual de Pernambuco, do DATASUS e revisões bibliográficas do SCIELO e PUBMED e assim, visa contribuir para o conhecimento atual sobre a sífilis e a análise da real situação da doença na região.No estado de Pernambuco, de 2013 a 2017, foi notificado um total de 5.134 casos.Neste período, observou um aumento de 51% de notificações,quando comparado de 2013 ao ano de 2017. De acordo com as regiões, o maior número foi a região metropolitana com 3.179 de casos e a menor região foi o Sertão pernambucano com apenas 312 .Foram detectados com maior prevalência no estágio de sífilis primária com 2.088 casos.A faixa etária de maior detecção foi entre 20 a 39 anos de idade com 3.583 casos.A raça com maior caso detectados foi a parda com 3.117 casos de sífilis.De acordo com os resultados descritos,na série histórica de 2005 a 2017, observou-se que 51,6% das gestantes com sífilis encontravam-se na faixa etária de 20 a 29 anos, 24,3% na de 15 a 19 anos e 20,2% na de 30 a 39 anos.A sífilis em gestantes tem sido relacionada ao baixo nível socioeconômico, embora não seja uma doença restrita as camadas menos favorecidas, esses resultados sinalizam que pouca escolaridade e baixa renda podem ser marcadores importantes de pouco acesso aos serviços de saúde.No critério raça/cor, observou-se que, em 2016, 47,4% das mulheres gestantes diagnosticadas com sífilis eram pardas.Sendo assim, os achados deste estudo são relevantes à medida que denotam a necessidade da implementação de ações voltadas para a redução dos casos de sífilis gestacional no estado de Pernambuco. Dessa maneira, torna-se essencial a importância do acesso, da qualidade da assistência pré-natal e da resolutividade do tratamento que vem sendo prestada a essas gestantes.

 



Palavras-chaves:  Sífilis, Gestante, Pré-natal, Prevalência, Infecção sexualmente transmissível