ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO ESTADO DO PIAUÍ
VIVIANE DE CÁRITA CARVALHO OSÓRIO PRUDÊNCIO 1, JULIANA RODRIGUES ROLIM1, RENÊE DOMINIK CARVALHO PEREIRA OSÓRIO1, RÍZIA FERREIRA IVO CAVALCANTE1, FABIANE GOMES PEREIRA1, LUANNA FERREIRA IVO CAVALCANTE1, KAYO FERNANDES FLORENCIO1, WENYA CRISTIANA DE ALMEIDA ABREU1, RODRIGO RUFINO PEREIRA DA SILVA1, ARLON SILVA ALENCAR1, MAÍRA FRAGA PACHECO1, JEFFERSON OLIVEIRA FARIAS1, INGRYD BEATRIZ SIVA SOUSA1, VIVIANE DE SOUSA SANTOS1, FILIPE ARAÚJO DE ANDRADE1, DULCY DÁVYLA FREIRE NASCIMENTO1, NATHALIE RAMOS FORMIGA ROLIM1, AYLI MICAELLY DA SILVA1, AYANA CARTAXO FORMIGA1, LUCAS CALDAS ARAÚJO1, LEANDRO CARVALHO MOURA FÉ1, ANNE LOUYSE ANDRADE LIRA1, GUILHERME RUAN FERNANDES FERREIRA1, MABEL MARIA SOUSA FIGUEIREDO1, CAMILA MORAIS CRUZ1, LUCIANO MOTA REIS NETO1, LUCIANA MODESTO DE BRITO1
1. HDCA - Hospital Daniel Carlos de Andrade, 2. FSM - Faculdade Santa Maria, 3. FAMENE - Faculdade de Enfermagem e Medicina Nova Esperança, 4. FMJ - Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
vivianedekarita@hotmail.com

A Hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae.  Essa bactéria possui tropismo pelos nervos periféricos, e infecta principalmente as células de Schwann, e quando não tratada precocemente pode evoluir para deformidades e sequelas importantes. Pode ser classificada de acordo com critérios operacionais em paucibacilares (PB) ou multibacilares (MB), ou através das formas clínicas em forma indeterminada, tuberculóide, dimorfa e wirchowiana, que variam de acordo com a carga bacilar, o estado imunológico do indivíduo e o tempo de evolução da doença. O trabalho objetivou realizar uma análise epidemiológica dos casos de Hanseníase ocorridos no estado do Piauí entre os anos de 2015 a 2017. Trata-se de uma pesquisa descritiva e retrospectiva, realizada a partir das informações obtidas na base de dados online do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados mostraram a ocorrência de 3.598 casos notificados no estado nesse período, destes 86,1% foram casos novos. Entre os casos registrados o sexo masculino (55,4%) possuiu discreta prevalência sobre o feminino (44,6%) e a faixa etária mais acometida foram os indivíduos com idade entre 50 e 64 anos (27,4%), seguida pela de 35 a 49 anos (25,2%). Em relação a classificação operacional a maioria dos casos eram multibacilares (67,7%) no momento do diagnóstico, destes 58% apresentavam a forma dimorfa e 30% a Wirchowiana. A proporção de cura foi de 83,4%, sendo que no ano de 2017 a cura foi de apenas 65%. A Hanseníase possui caráter endêmico no estado, e o número de casos novos voltou a crescer no ano de 2017, dado bastante preocupante, principalmente quando se observa as taxas de cura no estado que possui níveis baixos. Logo, nota-se a importância de se implementar medidas de controle da doença através de ações em saúde e busca ativa. Além disso, faz-se necessário estimular o tratamento, visto que é uma doença curável com diagnóstico e tratamento disponibilizados de forma gratuita.

Palavras-chave: Epidemiologia; Hanseníase; Mycobacterium leprae.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hanseníase, Mycobacterium leprae