ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DAS ARBOVIROSES NO MUNICÍPIO DE PIQUET CARNEIRO – CEARÁ, 2017
VANESKA BITU1, VALÉRIA FRANCO1, DEJACIR RODRIGUES1, EVANUSIA DE LIMA1, DAHIANA SANTANA1
1. SMSPC - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIQUET CARNEIRO
vaneskabitu@hotmail.com

Nos últimos anos, as arboviroses tem se tornado um sério problema de Saúde Pública no Brasil. Esse cenário se deve à introdução do Aedes aegypti no território brasileiro, sendo este o mosquito transmissor da Dengue, Zika, e Chikungunya. Em decorrência do clima tropical predominante, configura-se um local propício para a existência do vetor e a ocorrência de arboviroses e epidemias que tem ganhado destaque epidemiológico, tendo em vista o acometimento da população brasileira por algum arbovírus. O objetivo deste trabalho consiste em descrever as estratégias de controle desenvolvidas no município de Piquet Carneiro para o enfrentamento da epidemia por arbovirose Chikungunya no ano de 2017. O município sofreu uma epidemia de dengue no ano de 2015. anos posteriores ocorreram surgimento de casos, porém em menor quantidade. Em 2017, diferente dos anos anteriores, vivenciamos uma epidemia de chikungunya, onde foram notificados 479 casos, sendo 411 casos confirmados. Em relação à Zika, em 2015 e 2016, foi confirmado 01 caso em cada ano, sendo 01 importado, não havendo assim casos em 2017. O município possui 5590 imóveis urbanos trabalhados e distribuídos em 08 zonas ou microáreas. Cada imóvel é inspecionado uma vez a cada ciclo, com pontos estratégicos que são inspecionados quinzenalmente. As ações desenvolvidas pelo município foram: controle biológico através do peixamento, aquisição do EPINOSAD para controle vetorial, reativação do Comitê Intersetorial de Enfrentamento às arboviroses, mobilização semanal realizada pelos ACS e ACE’s, rodas de conversa com a população nos bairros, caminhadas de mobilização em parcerias com as escolas públicas, e incorporação do ACE na Estratégia Saúde da Família em áreas descentralizadas. Conclui-se que todas as estratégias foram importantes para o controle das arboviroses, mas após uma comparação dos índices de infestação e classificação de risco do município nos ciclos trabalhados, observamos que após o zoneamento dos ACEs nas áreas descentralizadas houve uma mudança no cenário. No 1º, 2º e 3º ciclos antes do zoneamento o município esteve em classificação de risco média e alta, nos últimos ciclos, 4º, 5º e 6º, com o zoneamento, a classificação de risco foi média, finalizando com baixa, nos dois últimos, vale salientar, que tal estratégia, surgiu como uma demanda do Comitê Intersetorial de Enfrentamento às arboviroses e para nossa realidade teve resultado satisfatório, o que pretende-se ampliá-la para 100% do município.



Palavras-chaves:  Arbovirose, Estratégia, Epidemia, Intersetorialidade, Zoneamento