ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS FORMAS PROMASTIGOTAS DA Leishmania infantum chagasi SOB EFEITO DO USNATO DE POTÁSSIO
KLEWDMA ARAÚJO 1, ALLANA KAREN SILVA1, PALOMA LYS MEDEIROS1, NICÁCIO HENRIQUE SILVA1, MÔNICA CRISTINA BARROSO MARTINS1, ELIETE CAVALCANTI1, JOÃO SOARES LUZ1
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO TERAPÊUTICA
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A leishmaniose é uma das doenças infecto-parasitárias endêmicas de grande relevância e um problema de saúde pública mundial, sendo enquadrada no rol das doenças negligenciadas. O ácido úsnico, principal metabólito secundário do líquen ( Cladonia substellata Vainio) possui diversas atividades biológicas como antineoplásica, antioxidante, antimicrobiana e antiprotozoário, mas apresenta uma alta hepatotoxicidade e uma baixa solubilidade. Convertendo o ácido úsnico no seu derivado usnato de potássio (sal), aumentamos a solubilidade, buscando assim, reduzir sua toxicidade e aumentar a sua eficácia. Na literatura, há poucos relatos sobre o usnato de potássio e suas propriedades biológicas, principalmente sobre sua atividade leishmanicida. Objetivo: Analisar as alterações morfológicas das formas promastigotas de Leishmania infantum chagasi sob o efeito do derivado usnato de potássio em 72 horas nas concentrações de 25, 50 e 100 µg/mL. Desenho do estudo: T rata-se de um estudo analítico, onde culturas de Leishmania infantum chagasi foram expostas a substância usnato de potássio . Metodologia: As formas promastigotas de Leishmania infantum chagasi foram cultivadas em estufa BOD a 26°C em meio LIT suplementado com soro fetal bovino a 20%, 0,2% de hemina e mistura de antibióticos. Os parasitas foram distribuídos em placa de 96 poços na concentração de 2x10 6 parasitas/mL, em seguida foram adicionadas as concentrações de 100, 50 e 25 µg/mL de usnato de potássio dissolvido em água deionizada em cada poço. Os aspectos morfológicos das formas promastigotas de Leishmania infantum chagasi foram analisados,através de um microscópio óptico e utilizando um analisador de imagens. Resultados e discussão: sob ação do usnato de potássio a membrana do parasita apresentou formação de rosetas (concentração de 25µg/mL), tumefação celular (concentração de 50µg/mL), perda da polaridade com alterações de membrana e viabilidade (concentração de 100µg/mL). Esses efeitos em relação aos fármacos de escolha com atividade anti-leishmanicida são semelhantes. Conclusão: o usnato de potássio apresenta atividade leishmanicida através da análise morfológica das formas promastigotas de Leishmania infantum chagasi , nas concentrações de 25, 50 e 100 µg/mL, visto que, as alterações morfológicas e comportamentais (motilidade) foram mais significativas ao aumentar a concentração, impossibilitando assim, a viabilidade do parasita



Palavras-chaves:  Alterações morfológicas, Ácido úsnico, Doenças parasitárias, Leishmaniose, Usnato de potássio