ANÁLISE MOLECULAR PARA Toxoplasma gondii E Neospora caninum EM AMOSTRAS DE SANGUE DE TATUS DE VIDA LIVRE
LEANDRA MARLA OSHIRO2,4, VINICIUS DA SILVA RODRIGUES2,4, PÂMELLA OLIVEIRA DUARTE2,4, MARCOS VALERIO GARCIA2,4, LEANDRO DE OLIVEIRA SOUZA HIGA2,4, PAULINO BONATTE JUNIOR2,4, FRANCISCO TOBIAS BARRADAS PIÑA2,4, ISABELLA M ZAIDAN BLECHA2,4, JACQUELINE CAVALCANTE BARROS2,4, BARBARA GUIMARÃES CSORDAS2,4, NAMOR PINHEIRO ZIMMERMANN2,4, ALEXANDRE DA SILVA2,4, RENATO ANDREOTTI2,4
1. UFU - Universidade Federal de Uberlândia, 2. EMBRAPA GADO DE CORTE - Empresa Brasileira Pesquisa Agropecuaria, 3. UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 4. FUNDAPAM - Fundação de Apoio a Pesquisa Agropecuária, 5. UNIDERP-AGRARIAS - Uniderp
marcosvagar@gmail.com

Toxoplasma gondii possui como hospedeiro definitivo os felídeos, enquanto os canídeos são hospedeiros definitivos de Neospora caninum. Apesar dos dois parasitas possuírem semelhanças, devido à proximidade morfológica, genética e imunológica, até o momento não há evidencias de infecção por N. caninum em humanos. As formas de infecção são por meio da ingestão de alimentos ou água contaminada com oocistos ou pela ingestão de cistos teciduais presentes em carne mal cozida. O objetivo desse trabalho foi realizar diagnóstico molecular de T. gondii e N. caninum em amostras de sangue de tatus de vida livre. No período de outubro de 2016 a março de 2017 foram capturados manualmente na fazenda de propriedade da Agropecuária Sanyo, município de Água Clara – MS, um total de 73 tatus-peba ( Euphractus sexcinctus ) e 2 tatus-de-rabo-mole ( Cabassous spp .). Para a coleta das amostras de sangue os indivíduos foram anestesiados e após recuperação foram soltos no mesmo local da captura. As amostras foram processadas no Laboratório de Biologia Molecular da Embrapa Gado de Corte, após extração e quantificação de DNA, foi realizada PCR (Polymerase Chain Reaction) utilizando os primers N2-C2 para detecção de T. gondii que amplifica um fragmento de 97 pb e NP4-NP7 para detecção de N. caninum que amplifica um fragmento de 275 pb, os produtos da PCR foram visualizados em gel de agarose a 1,5% corados com brometo de etídio. Das 75 amostras testadas, apenas uma, pertencente a um tatu-peba, apresentou positividade para T. gondii e nenhuma para N. caninum . O hábito de compartilhar tocas e procurar por alimentos no solo pode contribuir para que esses animais se contaminem por oocistos presentes no ambiente. Apesar de haver uma lei nacional de proibição de caça de tatus selvagens, o consumo da carne desses animais é frequente em algumas regiões do Brasil, o que pode torná-los uma potencial fonte de infecção para seres humanos. Estudos mais aprofundados ainda são necessários para esclarecer o papel dos tatus-peba na cadeia epidemiológica da toxoplasmose e neosporose.



Palavras-chaves:   PCR; , Toxoplasmose, Euphractus sexcinctus;