O ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES FRENTE À OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES
ROBSON PRAZERES DE LEMOS SEGUNDO ¹, GABRIEL BARBOSA CÂMARA¹, AMÉLIA RUTH NASCIMENTO LIMA ¹, JÉSSICA PEREIRA DA SILVA¹, SARAH LENY GOMES MADEIRO CRUZ ¹, SAMARA DE JESUS¹, PRISCYLLA DE JESUS SILVA ¹
1. FAMENE - Faculdade de Medicina Nova Esperança , 2. UNIFACISA - Faculdade De Ciências Médicas de Campina Grande, 3. FMN - Faculdade Maurício de Nassau, 4. FBV/WYDEN - Faculdade FBV/Wyden
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Introdução: As enteroparasitoses constituem um sério problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, mostrando-se intimamente relacionadas às baixas condições socioeconômicas e sanitárias, tendo como complicações a desnutrição energético-protéica e a anemia ferropriva. Estas carências nutricionais causam prejuízos ao crescimento e desenvolvimento infantil, além de aumentar os riscos de morbimortalidade, entretanto, estudos têm demonstrado controvérsias a respeito desta relação. Objetivo: Avaliar a associação de enteroparasitos em crianças pré-escolares e o estado nutricional delas. Metodologia: Estudo bibliográfico e descritivo com textos coletados nas bases de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) e Pubmed selecionando artigos em português e inglês. Após a triagem, selecionou-se 10 artigos a partir da leitura criteriosa dos artigos na íntegra. Resultados e Discussões: Constatou-se poliparasitismo em parte significativa do estudo, porém, não se comprovou relação entre a infecção por enteroparasitos e o estado nutricional. A anemia permaneceu significativamente associada à faixa etária, renda familiar e desnutrição crônica, mostrando que esses fatores garantem uma maior predisposição de adquiri-la, no entanto, as helmintoses não podem ser consideradas como fator de risco. O grau de instrução da mãe (sem escolaridade), o consumo de água não tratada e o hábito da criança frequentar córregos, rios, riachos ou lagoa apresentaram associação com a presença de enteroparasitas e as escolas ainda apresentam deficiência na criação de atividades educativas voltadas para o ensino da realidade local, tendo em vista a morbidade causada pelas parasitoses e os efeitos prejudiciais da anemia e nutrição inadequada para o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Conclusão: O estudo evidenciou a relação das enteroparasitoses com as precárias condições de saneamento e baixo nível socioeconômico da comunidade, sendo necessárias medidas preventivas para combatê-la e a escola é o ambiente mais apropriado para se abordar temas como este. Dessa forma, novos estudos são necessários para determinar como os parasitas podem interferir no desenvolvimento físico e intelectual infantil, além de um acompanhamento mais frequente das condições de saúde da população.