AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE HEPATITES VIRAIS EM INDIVIDUOS DE DIFERENTES AREAS GEOGRAFICAS E CONDIÇÕES DE SAÚDE NO BRASIL.
LIVIA MELO VILLAR 1, HELENA MEDINA CRUZ1, JAKELINE RIBEIRO BARBOSA1, JEOVÁ KENY BAIMA COLARES1, ANTONIO HENRIQUE ALMEIDA DE MORAES NETO1, MARIA DE FATIMA LEAL ALENCAR1, JUREMA CORREA DA MOTA1, FILIPE ANIBAL CARVALHO-COSTA1, CLAUDIA ALEXANDRA PONTES IVANTES1, LIA LAURA LEWIS-XIMENEZ1
1. FIOCRUZ - Laboratorio de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2. FIOCRUZ BRASILIA - FIOCRUZ BRASILIA, 3. FIOCRUZ - LABORATORIO DE INOVAÇÕES EM TERAPIA, ENSINO E BIOPRODUTOS, INSTITUTO OSWALDO CRUZ, FIOCRUZ, RIO DE JANEIRO, BRASIL., 4. UNIFOR - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, 5. COA - CENTRO DE ACONSELHAMENTO E ORIENTAÇÃO CURITIBA, 6. FIOCRUZ - INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTIFICA E TECNOLOGICA PARA SAÚDE, INSTITUTO OSWALDO CRUZ, FIOCRUZ, 7. FIOCRUZ - LABORATORIO DE EPIDEMIOLOGIA E SISTEMATICA MOLECULAR, INSTITUTO OSWALDO CRUZ
liviafiocruz@gmail.com

INTRODUÇÃO: As hepatites virais foram responsáveis por mais de 1 milhão de mortes em 2015 e a maioria delas foi causada por doença hepática crônica e câncer primário de fígado. O conhecimento sobre prevenção, transmissão e outros aspectos dessas doenças é uma medida importante para alcançar a eliminação desses vírus.

OBJETIVO: O objetivo principal deste estudo é avaliar o conhecimento sobre hepatites virais entre indivíduos de diferentes áreas de recursos e condições de saúde para identificar possíveis lacunas.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 447 indivíduos de cinco populações distintas no Brasil: Ambulatorio de hepatites virais ou infectologia do Sudeste (n = 100), Sul (n = 89) e Nordeste (n = 114), e areas de baixo recursos do Sudeste (n = 77) e Nordeste (n = 67). Todos os indivíduos responderam a um questionário que avaliava as características sociodemográficas e a percepção de hepatites virais. A percepção foi pontuada com base no número médio de respostas corretas de todos os participantes e categorizada como “Baixa” (0 a 28 respostas corretas) ou “Desejável” (29 a 46 respostas corretas). Associações entre características sociodemográficas e percepção também foram avaliadas.

RESULTADOS: A média de acertos foi de 28,7 ± 6,1 e os individuos dos ambulatórios das regiões Sudeste e Sul demonstraram um conhecimento desejável (30,5 ± 5,0 e 29,5 ± 5,6, respectivamente). De acordo com as características sociodemográficas, os escores desejáveis foram mais comuns entre aqueles com ensino médio (47,1%), aqueles que se declararam brancos (46,3%) e aqueles que residiam em domicílios com três indivíduos (25,5%). A análise multivariada mostrou que a baixa percepção de hepatites virais foi mais comum entre os analfabetos [ODDS RATIO (OR): 2,23] e vivia nas áreas de baixa renda do Nordeste (OR: 11,26).

CONCLUSÕES: Um alto nível de conhecimento foi encontrado entre os participantes do estudo recrutados em ambulatorios das regiões Sul e Sudeste do Brasil e medidas educativas devem ser reforçadas em áreas de baixo recurso.

Instituição de Fomento: Ministério da Saúde do Brasil, CNPQ, FAPERJ e CAPES



Palavras-chaves:  CONHECIMENTO, HEPATITE, PREVENÇÃO E CONTROLE