DESCRIÇÃO DA POSITIVIDADE DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NA I REGIÃO DE SAÚDE – SES/PE, 2010-2017 |
A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária, endêmica em várias regiões do Brasil e representa um dos graves problemas de saúde pública, principalmente no nordeste. Pernambuco está entre os estados que mostram maiores prevalências de pessoas infectadas por Schistosoma mansoni . A sua transmissão ocorre geralmente em áreas de precárias condições de saneamento básico e com a presença de caramujos do gênero Biomphalaria . No estado de Pernambuco existem 103 municípios endêmicos distribuídos na I, II, III, IV, V e XII Região de Saúde (RS). Diante da complexa dinâmica de transmissão da doença, o estudo objetivou descrever a positividade da esquistossomose em exames coproscópicos na I RS de Pernambuco de 2010 a 2017. Trata-se de um estudo transversal de caráter descritivo, com dados secundários obtidos do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE). O estudo foi realizado na I RS, que abrange 19 municípios e 1 distrito da Secretaria Estadual de Saúde do estado de Pernambuco. A análise dos dados foi baseada no total de exames realizados e no total de exames com resultados positivos para ovos de Schistosoma mansoni no período referido. Foi empregada a estatística descritiva a partir da distribuição de frequências absolutas e relativas. No período estudado houve a realização de 389.944 exames croposcópicos, onde 13.743 foram positivos para S. mansoni, representando uma positividade de 3,5%. Ao analisar a série histórica percebe-se que o ano de 2010 foi o mais representativo em número de casos, com uma positividade de 5,5%. Nos anos seguintes a I RS apresentou um resultado decrescente da positividade, 4,6 % em 2011, 4,5% em 2012, 4,1% em 2013, 2,9% em 2014, 2,1% em 2015, 1,8% em 2016 voltando a aumentar em 2017 com 2,3%. De modo geral, a I RS apresentou uma redução na positividade de casos de esquistossomose ao longo do período analisado. Entretanto, percebe-se um aumento no último ano estudado, revelando assim a importância do contínuo monitoramento da positividade e da distribuição dessa endemia, assim como o desenvolvimento de análises que considerem os municípios e localidades com a maior carga da doença, para verificação de sua ocorrência nos anos seguintes e mensuração do impacto das intervenções e políticas públicas voltadas ao controle da esquistossomose, para que assim os resultados possam ser ainda mais satisfatórios. Palavras-Chave: Doenças Endêmicas; Esquistossomose; Sistema de Informação; Vigilância Epidemiológica. |