ANÁLISE DA COBERTURA DE TRATAMENTO DOS CASOS POSITIVOS DE ESQUISTOSSOMOSE NA I REGIÃO DE SAÚDE - SES/PE, 2010-2017
MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO1, ÂNGELA ROBERTA LESSA DE ANDRADE1, VIVIANE MARIA RIBEIRO PINA1, ISABÔ ÂNGELO BESERRA1, LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS1, BRUNA RAFAELA VICENTE DA SILVA1, FRANCISCO JAIME RODRIGUES DE LIMA FILHO1, CELIVANE CAVALCANTI BARBOSA1, ROSSANA DE ARAÚJO BARBOZA1, CINTIA MICHELE GONDIM DE BRITO1
1. IAM/FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães - Fundação Oswaldo Cruz/Pernambuco, 2. SES/PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
beelle_briito@hotmail.com

A esquistossomose mansônica é uma doença infecto-parasitária, de caráter agudo e crônico, causada pelo trematódeo digenético Schistosoma mansoni . Segundo o Ministério da Saúde (MS), entre 2,5 a 8 milhões de brasileiros eram portadores da doença em 2011, sendo a maioria na região Nordeste do país. Tratar a esquistossomose tem como finalidade sua cura, diminuição da carga parasitária do hospedeiro, impedimento da evolução para as formas graves da doença, e prevenção primária da transmissão. Diante disso, esse estudo teve como objetivo analisar a cobertura do tratamento dos casos positivos para esquistossomose na I Região de Saúde(RS) do estado de Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal de caráter descritivo, com dados secundários obtidos a partir do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE). O estudo foi realizado na I RS, que abrange 19 municípios e um distrito da Secretaria Estadual de Saúde de PE. A análise dos dados foi baseada no total de exames com resultados positivos para ovos de Schistosoma mansoni e no total de pacientes tratados no período de 2010 à 2017. Foi empregada a estatística descritiva a partir da distribuição de frequências absolutas e relativas. No período estudado houve 9.777 casos tratados para 13.743 casos positivos de esquistossomose, representando uma cobertura de tratamento equivalente à 71,14%. De acordo com o que é preconizado pelo Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) do MS, deve-se  tratar todos os casos positivos, buscando alcançar uma cobertura de tratamento superior a 80%. Entretanto, ao analisar a série histórica percebe-se que a I RS não atingiu a cobertura de tratamento em nenhum dos anos da série estudada. Apesar disso, foi observado que do ano de 2010 até 2014, o percentual de cobertura do tratamento foi crescente, sendo 71,47% em 2010; 71,69% em 2011; 73,31% em 2012; 78,23% em 2013 e 78,51% em 2014. Todavia, nos anos seguintes constatou-se uma redução, representada por 60,54% em 2015, 59,30% em 2016 e 55,60% em 2017. Para que as metas estabelecidas pelo MS sejam alcançadas, é preciso que aja intensificação das ações de vigilância e controle do PCE nos municípios endêmicos, refletidas no diagnóstico e tratamento oportunos dos casos de esquistossomose. Priorizar o enfretamento dessa doença favorecerá mudanças do perfil epidemiológico, diminuindo, cada vez mais, o número de casos.

Palavras-chave: Esquistossomose; Sistema de Informação; Tratamento; Vigilância Epidemiológica.



Palavras-chaves:  Esquistossomose, Sistema de Informação, Tratamento, Vigilância Epidemiológica