CAUSAS DE MORTE POR COMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO. |
Segundo a portaria expedida pelo estado de Pernambuco, a morte de mulheres relacionadas a complicações da gestação, do trabalho de parto e do puerpério configuram-se como mortes maternas, independentemente da duração ou localização do concepto. Objetivou-se descrever as principais causas de morte associadas a complicações da gravidez, parto e puerpério na I Região de Saúde (RS) de Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo, tendo como cenário a I RS do Pernambuco, composta por 19 municípios e um distrito estadual. Os dados foram coletados na base de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, utilizando-se as seguintes seleções: ano do óbito (entre 2013 e 2017), cidade de residência, faixa etária (entre 10 e 49 anos) e causas de óbitos maternos organizados de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Com relação ao CID-10, consideraram-se as doenças pertinentes ao capítulo XV e outras de importância para investigação desse agravo, sendo elas: tétano obstétrico, osteomalácia puerperal, transtornos mentais e comportamentais relacionados ao puerpério, necrose pós-parto da hipófise, mola hidateforme maligna e doenças causadas pelo vírus da imunodeficiência humana. Procedeu-se a análise através do software Excel for Windows . Notificaram-se 149 óbitos maternos no período selecionado, tendo 41,61% em Recife; 18,12% em Jaboatão dos Guararapes; 8,05% em Paulista; 7,38% em Cabo de Santo Agostinho; 5,37% em Olinda e 4,70 em São Lourenço da Mata. Sete municípios não apresentaram óbitos. Quanto às causas de morte, destacam-se: O99 - Outras doenças da mãe, classificadas em outra parte, mas que complicam a gravidez o parto e o puerpério (39,6%), O88 – Embolia de origem obstétrica (6,0%), O15 – Eclampsia (6,0%), O96 - Morte, por qualquer causa obstétrica, no puerpério tardio (5,4%) e Hipertensão gestacional com proteinúria significativa (4,7%). Salienta-se que as causas de óbitos descritas nesse estudo configuram-se como situações de morte evitáveis, nesse sentido, compreende-se que a organização da assistência a saúde prestada a essa população influencia de maneira direta esse cenário. Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de conhecer o perfil epidemiológico de adoecimento e morte materna no sentido de propiciar tomadas de decisões que possibilitem melhorias na assistência prestada e consequentemente diminuição desses índices. Palavras-chave: Causas de Morte; Mortalidade Materna; Saúde da Mulher; Vigilância em Saúde. |