CAUSAS DE MORTE POR COMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO.
MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO 1, ÂNGELA ROBERTA LESSA DE ANDRADE 1, VIVIANE MARIA RIBEIRO PINA1, ISABÔ ÂNGELO BESERRA1, LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS1, BRUNA RAFAELA VICENTE DA SILVA1, ROSSANA DE ARAÚJO BARBOZA1, CINTIA MICHELE GONDIM DE BRITO1, CELIVANE CAVALCANTI BARBOSA1, FRANCISCO JAIME RODRIGUES DE LIMA FILHO1
1. IAM/FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães - Fundação Oswaldo Cruz, 2. I GERES - SES/PE -  I Gerência Regional De Saúde. Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.
beelle_briito@hotmail.com

Segundo a portaria expedida pelo estado de Pernambuco, a morte de mulheres relacionadas a complicações da gestação, do trabalho de parto e do puerpério configuram-se como mortes maternas, independentemente da duração ou localização do concepto. Objetivou-se descrever as principais causas de morte associadas a complicações da gravidez, parto e puerpério na I Região de Saúde (RS) de Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo, tendo como cenário a I RS do Pernambuco, composta por 19 municípios e um distrito estadual. Os dados foram coletados na base de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, utilizando-se as seguintes seleções: ano do óbito (entre 2013 e 2017), cidade de residência, faixa etária (entre 10 e 49 anos) e causas de óbitos maternos organizados de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Com relação ao CID-10, consideraram-se as doenças pertinentes ao capítulo XV e outras de importância para investigação desse agravo, sendo elas: tétano obstétrico, osteomalácia puerperal, transtornos mentais e comportamentais relacionados ao puerpério, necrose pós-parto da hipófise, mola hidateforme maligna e doenças causadas pelo vírus da imunodeficiência humana. Procedeu-se a análise através do software Excel for Windows . Notificaram-se 149 óbitos maternos no período selecionado, tendo 41,61% em Recife; 18,12% em Jaboatão dos Guararapes; 8,05% em Paulista; 7,38% em Cabo de Santo Agostinho; 5,37% em Olinda e 4,70 em São Lourenço da Mata. Sete municípios não apresentaram óbitos. Quanto às causas de morte, destacam-se: O99 - Outras doenças da mãe, classificadas em outra parte, mas que complicam a gravidez o parto e o puerpério (39,6%), O88 – Embolia de origem obstétrica (6,0%), O15 – Eclampsia (6,0%), O96 - Morte, por qualquer causa obstétrica, no puerpério tardio (5,4%) e Hipertensão gestacional com proteinúria significativa (4,7%). Salienta-se que as causas de óbitos descritas nesse estudo configuram-se como situações de morte evitáveis, nesse sentido, compreende-se que a organização da assistência a saúde prestada a essa população influencia de maneira direta esse cenário. Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de conhecer o perfil epidemiológico de adoecimento e morte materna no sentido de propiciar tomadas de decisões que possibilitem melhorias na assistência prestada e consequentemente diminuição desses índices.

Palavras-chave: Causas de Morte; Mortalidade Materna; Saúde da Mulher; Vigilância em Saúde.



Palavras-chaves:  Causas de Morte, Mortalidade Materna, Saúde da Mulher, Vigilância em Saúde