A EVOLUÇÃO DOS CASOS DE HEPATITE B COM CONTAMINAÇÃO VIA SEXUAL E DIAGNÓSTICO VIA LABORATORIAL EM PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2012 E 2016
TAÍS TORRES DE ARAÚJO 1, EDUARDA CESAR JOLKESKY1, AMANDA MARIA CAVALCANTI ANCILON ALVES1, THAISA HENRIQUE DE MELO SANTOS1, YASMIN BASTOS GOMES D'AQUINO1, PATRÍCIA LEAL WANDERLEY1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
mandalves36@gmail.com

A hepatite B sempre esteve presente na sociedade, porém sua evolução por casos de contaminação sexual vem aumentando e o seu diagnóstico se mostra necessário e imprescindível para o controle da mesma. Sendo assim, torna-se necessário o estudo da sua epidemiologia de forma a identificar os grupos de risco, amenizar a disseminação da doença e controlar os portadores já existentes. De início, é válido ressaltar que o objetivo desse trabalho foi analisar o perfil clínico-epidemiológico dos casos notificados de hepatite B em Pernambuco, Brasil, por meio do sistema de informações de agravo no período de 2012 e 2016. Trata-se de um estudo transversal descrito, cujos dados foram obtidos no Departamento de informática do SUS (DATASUS) e avaliados no que se refere ao número de casos notificados, município, ano de notificação, sexo, raça, faixa etária, realização de teste confirmatório por HBsAG sorol/virol e realização de teste confirmatório com anti-HBcIgM sorol/virol. Foram excluídos os casos onde esses dados foram ignorados ou deixados em branco. Dessa forma, observa-se que no período de 2012 a 2016 foram notificados 1224 casos de hepatite pelo vírus B no estado de Pernambuco, contudo apenas 104 se enquadram no estudo. O número de casos de hepatite B em Pernambuco manteve-se constante, sendo o ano de 2014 o que apresentou mais registros, com 29 casos, seguido do ano de 2013 com 28 notificações. O município que apresentou mais casos foi o de Recife com 35,57% dos casos, seguido por Ipojuca com 10,57% dos registros. O sexo feminino foi o mais afetado pela comorbidade, representando 60,57% dos casos. Com relação a faixa etária mais acometida, os adultos jovens, de 20 a 39 anos, foram os que mais registraram casos, representando 44,23%, seguido por adultos maduros, entre 40 e 59 anos, com 39,42% dos casos. A raça parda foi a que registrou mais casos, com 66,34%, seguida das raças branca e preta, ambas com 16,34%. 78,84% dos pacientes obtiveram testes reagentes para HBsAG sorol/ virol. 55,76% dos pacientes não realizaram o teste confirmatório anti-HBcIgM sorol/virol e 7,69% obtiveram o teste reagente. Nota-se, portanto, que uma boa identificação no momento do primeiro atendimento é de suma importância, pois como foi observado, os casos de hepatite B em PE estão diretamente relacionados com sexo (feminino), faixa etária (adulto jovem) e raça (parda).



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Faixa etária, Gênero , Hepatite B, Prevalência