Perfil epidemiológico e o impacto da hanseníase: Revisão de literatura
LUCILÉA CIPRIANO DA SILVA, ALISON NERY DOS SANTOS, KARYNE SUÊNYA GONÇALVES SERRA LEITE, IZABELLY MIRNA DA SILVA PAIXÃO, CARLA MENEZES CAVALCANTE
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
carla.m.c@hotmail.com

Introdução: A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa, cujo agente etiológico é a Mycobacterium Leprae e sua classificação é feita pelo número de lesões, paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB).  A doença tem um alto poder incapacitante, considerando-a um problema de saúde pública. O Brasil é o segundo país com o maior número de novos casos registrados no mundo.  Objetivo: Analisar nas publicações científicas nacionais, o perfil epidemiológico e o impacto da doença em relação a incapacidade.  Desenho do Estudo: Estudo descritivo, utilizando dados secundários, por meio de revisão bibliográfica. A população foi composta por artigos referentes a temática do trabalho, tendo como amostra final 9 artigos.  Métodos: A busca dos artigos se deu na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os descritores “Hanseníase”, “Perfil de impacto da doença” e “Perfil de saúde” cruzando o primeiro com os dois últimos. Foram encontrados, respectivamente, 40 e 189 resultados, dos quais 3 e 6 foram selecionados. Os critérios de inclusão: artigos completos disponíveis na íntegra, em português e País/Região Brasil; seguido da leitura dos títulos e resumo com posterior leitura completa dos mesmos.  Resultados: As publicações concentraram-se nos anos de 2010, 2011, 2014, 2015 e 2017. Os indivíduos acometidos eram na sua maioria do sexo masculino (56,8%). A forma mais prevalente foi a MB (74%). Em relação à escolaridade os indivíduos tinham o primeiro grau incompleto (48,5%); 51,8% são residentes da zona rural com renda de 1 a 3 salários mínimos (73,5%). 5 artigos relatam que os portadores apresentam diferentes graus de incapacidade física de 0 a 2.  Discursão: A incapacidade física consiste em perda de sensibilidade protetora (grau 1) e/ou deformidade visível (grau 2) em consequência de lesão neural e/ou cegueira, encontra-se mais em indivíduos economicamente ativa e potencialmente os principais disseminadores da doença. Na sua maioria dos casos MB indica diagnóstico tardio; acredita-se que as pessoas só procuram atendimento após o agravamento da doença. A incapacidade física interfere na qualidade de vida.  Conclusão: A população economicamente ativa é mais afetada pela hanseníase, o que pode prejudicar a economia do país; visto que podem vir a desenvolver incapacidades.  A presença marcante da forma MB pode indicar manutenção da cadeia de transmissão e alta prevalência oculta o que remete a uma dificuldade operacional dos serviços de saúde em realizar diagnóstico precoce.



Palavras-chaves:  Hanseníase, Perfil de impacto da doença, Perfil de saúde