ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS GESTACIONAL NA REGIÃO NORDESTE ENTRE 2013 E 2017
ARTHUR HENRIQUE FERNANDES RODRIGUES 1, THIAGO MARQUES WANDERLEY1, ANA LÍVIA DE OLIVEIRA BARROS1, CELY CAROLYNE PONTES MORCERF1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. UFAL - Universidade Federal de Alagoas, 3. UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio
arthur_rodrigues@live.com

Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema palidum  e possui várias expressões clínicas em diferentes estágios ou fases (primária, secundária, terciária e latente). Ela pode ser transmitida através de relação sexual sem proteção com uma pessoa infectada, para o feto, durante a gestação, ou para o recém nascido, no parto. O diagnóstico pode ser feito por meio do teste rápido (TR), disponível na rede de atenção do SUS, associado ao teste laboratorial em caso de TR positivo. Em gestantes, há um alto risco de transmissão para o feto, portanto o tratamento deve ser iniciado imediatamente após o resultado positivo do TR. O objetivo deste trabalho é realizar uma análise epidemiológica dos casos de sífilis em gestantes notificados no período de 2013 a 2017 na região Nordeste. Trata-se de um estudo realizado por meio de consulta aos dados contidos na plataforma DATASUS, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). No período entre 2013 e 2017, foram notificados 33.119 casos de sífilis em gestantes na região Nordeste, o que representa 19,6% do total nacional. Ainda nessa faixa de tempo, houve um aumento de 76% no número de casos. 34,8% dessas pacientes foram diagnosticadas com sífilis primária, 16,4% com sífilis latente, 12,6% com sífilis terciária, 6,4% com sífilis secundária e 29,8% dos casos notificados não foram classificados quanto a esses estágios. O estado da Bahia registrou o maior número de casos, 33,54%, seguido por Pernambuco, com 15,5%; Ceará, com 14,22%; Maranhão, com 11,6%; Paraíba, com 6,15%; Alagoas, com 5,63%; Sergipe, com 5,18% e Piauí, com 4,36%. Conclusão: A análise permite verificar que houve, na Região Nordeste, um aumento gradual do número de casos notificados de sífilis gestacional, o que representa um maior potencial de incidência de sífilis congênita. As estratégias de atenção básica tem papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença e tais mecanismos precisam ser amplificados, para atender mais pessoas e conter o aumento dos casos de sífilis e suas repercussões na gestação e no recém-nascido.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Sífilis