Educação em saúde em um shopping de Fortaleza: relato de experiência |
O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de hanseníase, sendo esta um importante problema de saúde pública. Para que seja possível mudar essa realidade, é necessário a propagação de informações sobre a existência do tratamento eficaz e da importância do diagnóstico precoce para evitar complicações e quebrar a cadeia de transmissão. Foi pensando nisso que resolvemos realizar atividades de educação em saúde para disseminar o conhecimento sobre hanseníase entre a população geral. Este trabalho é um estudo descritivo do tipo relato de experiência, que objetiva expor a experiência de alunos da Liga de Atenção Primária à Saúde, da Faculdade de Medicina da Universidade de Fortaleza, durante sua participação na realização do evento Dia Mundial da Saúde. O evento ocorreu em 07 de abril de 2018, em um shopping center de Fortaleza, Ceará. Com o propósito de informar a população presente no local sobre a hanseníase e desmistificar alguns de seus aspectos, utilizamos um pôster com algumas explicações e foram distribuídos panfletos com imagens e orientações. Durante a atividade, verificou-se a falta de conhecimento de muitas pessoas quanto aos sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e também sobre quem procurar quando desconfiar de hanseníase. Ademais, foi muito comum a desinformação acerca do fornecimento do tratamento pelo SUS e da existência de cura para a doença. A experiência foi enriquecedora para nós estudantes, que percebemos como podemos contribuir para a saúde da população com medidas simples, fora das salas de aula e serviços de saúde. Além disso, ter esse contato como estudante, sem o uso de jaleco ou a separação de uma mesa de consultório, contribui para o desenvolvimento do cuidado humanizado e da boa relação médico-paciente. Portanto, a partir da experiência obtida durante essa atividade, não só percebemos a importância de tal ação como também notamos a relevância de mais ações educativas sobre importantes temas de saúde pública, contribuindo para prevenção e promoção de saúde. Acredita-se também que as pessoas que participaram da ação tornaram-se agentes de disseminação desses conhecimentos, tornando a comunidade mais participativa e capacitada sobre esta doença tão prevalente. |