ABORDANDO A HEPATITE C ENTRE PROFISSIONAIS DA LIMPEZA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PEDREIRAS /MA, BRASIL |
No Brasil, um estudo observacional constatou que as doenças hepáticas ocupam o 8° lugar no ranking nacional de mortalidade. As principais causas de óbito por doenças hepáticas são a cirrose hepática e a neoplasia maligna do fígado, sendo que provavelmente o vírus da hepatite C (VHC) e responsável por grande parte dos casos. O cuidado ao manipular objetos perfuro-cortantes que contenham sangue torna-se medida impar na quebra da cadeia da transmissão viral. Disto advêm a necessidade da educação continuada associada a exames de rotina junto a alguns segmentos profissionais. Destes ressalta-se os profissionais da limpeza pública que se destacam pela freqüente exposição a materiais contaminados e pela baixa adesão ao uso de Epi´s. Objetivando realizar os exames de triagem de hepatite C nos trabalhadores da limpeza pública da cidade de Pedreiras/Ma, realizou-se uma ação voltada a estes profissionais, em Maio de 2017 a qual envolveu trabalhadores que exercem a coleta de lixo no supra citado Município. A pesquisa foi executada com 22 garis que representam todos os profissionais desta área no Município. A escolha da área de estudo deveu-se à necessidade de abordar a respeito de hepatite C com esses profissionais devido a vulnerabilidade dos mesmos no seu ambiente de trabalho. Em um primeiro momento entramos em contato com a secretaria de infraestrutura e comunicamos uma ação voltada à este público. Com dia e hora marcada os mesmos compareceram junto à equipe do CTA do Município a qual realizou o teste de hepatite C e o devido aconselhamento. Os dados foram coletados após anuência do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade São Francisco-Pe. Foi realizado um questionário pertinente ao tema abordado, o qual serviu como parâmetro para o nível da palestra que seria explanada. No presente estudo, tivemos um total de 22 entrevistados do sexo masculino, com idade variando de 18 a 60 anos. Dos 22 entrevistados, 02 pessoas (17%) notificaram casos de hepatite C. Observou-se também que 10 dos entrevistados no total de (45%) relatam que nunca ouviram falar sobre hepatite C. 20 pessoas (95%) desconhecem a diferença entre hepatite C e B bem como 10 pessoas (45%) não souberam informar como ocorre a transmissão dessa doença. Mediante aos resultados explanados observou-se que há uma escassez de conhecimento dos servidores da limpeza pública sobre a patologia o que os torna mais propensos a adquirir tal doença durante suas atividades laborais. |